POLÍTICA
Marcelo Castro mantém apoio a Dilma e diz que fica na presidência do PMDB
O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) declarou enfaticamente ao Cidadeverde.com que continua a apoiar a presidente Dilma Rousseff (PT) e contrário ao seu processo de impeachment. Ele também declarou que continuará na presidência do partido no Piauí.
Na manhã deste sábado (30), o ex-ministro da Saúde afirmou ao Cidadeverde.com que preferiu deixar a pasta porque ele e Kátia Abreu (Agricultura) eram os únicos do partido a ocuparem cargos no governo federal. O PMDB poderia interpretar que ele queria contrariar a decisão da sigla de deixar o governo Dilma Rousseff.
“Depois que o impeachment foi votado na Câmara, eu achei por bem conversar com Jaques Wagner (ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência) e achei melhor deixar o ministério porque o partido poderia estar pensando que eu queria contraria-lo, já que apenas eu e a Kátia Abreu ainda permanecíamos como minisitros. Então foi uma decisão pessoal, mas a minha postura não vai mudar. Eu continuo apoiando a presidente Dilma. Só que como eu tenho 36 anos de PMDB, eu também tinha que seguir as orientações desse partido do qual há tanto tempo eu faço parte”, declarou.
“Me senti um tanto desconfortável de ser o único que não estava cumprindo a determinação do partido. Debati com ele (Jaques Wagner) e chegamos a conclusão de que o melhor seria eu me afastar mesmo, porque a minha posição parecia que eu estava desafiando e confrontando o partido, e não é essa a minha pretensão. Até porque não tenho a menor intenção de sair do PMDB. Então achei mais conveniente deixar o ministério”, acrescentou.
Em Teresina pela primeira vez após deixar o ministério na última quinta-feira, Marcelo Castro participou da posse de Cid de Castro Dias como imortal da Academia Piauiense de Letras. Em entrevista após a solenidade, o deputado federal informou que permanecerá na presidência do PMDB no Piauí.
“Eu continuo na presidência do PMDB no meu estado, cargo que eu reassumi há cerca de 15 dias e esta é uma decisão que já está certa”, acrescentou.
Marcelo Castro reassumiu a presidência do PMDB local no final de março, para tentar evitar que o diretório nacional aprovasse a saída do governo Dilma Rousseff. Na época, o partido deu prazo até 12 de abril para que seus integrantes deixassem os cargos ocupados na gestão da petista.
Alegando que seria uma covardia votar contra a presidente, ele deixou o ministério apenas para defender a não abertura do processo de impeachment na Câmara e retornou para o ministério.
Cidade Verde
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