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Saúde

Queiroga diz à CPI que resgatou diálogo com a ciência na Saúde

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, são ouvidos, nesta quinta-feira (6/5), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Queiroga chegou ao Senado pouco depois das 9h30.

Antes de dar início ao depoimento, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) informou que fez um requerimento para convocar representantes da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para depor sobre fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que sugeriu que a China criou o coronavírus para ter guerra química.

O ministro afirmou que a vacina contra o novo coronavírus é “uma resposta da ciência”. “Nunca, em tão pouco tempo, tivemos uma vacina eficaz para combater uma doença viral como a Covid”, acrescentou.

Ele também afirmou que, como uma das primeiras medidas de sua gestão, resgatou o diálogo com “as sociedades científicas”. Queiroga afirmou, porém, que está há 30 dias no cargo e “não tem condições de se ater a todos os detalhes de um ministério complexo, como o da Saúde”.

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A CPI da Covid ouviu, ao longo desta semana, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, em longos depoimentos. Só Mandetta falou aos senadores por quase oito horas seguidas.

Nesta sessão, Queiroga deverá enfrentar pressão dos senadores com questionamentos sobre a compra de vacinas. Contudo, a tropa de choque governista ganhou um reforço na comissão: o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), passou a integrar oficialmente a CPI como suplente, no lugar do senador Zequinha Marinho (PSC-AP).

A atual situação da vacinação no Brasil deverá ser o foco dos parlamentares, diante dos atrasos na chegada de imunizantes, assim como o planejamento para os próximos meses e anos. Já Barra Torres será confrontado em relação à não autorização da vacina russa Sputnik V.

“Vamos saber se tem ou não tem vacina, quais são os contratos e as perspectivas, inclusive planejamento para mais 500 milhões para o ano que vem. Não espere que com essa pandemia que a gente não esteja preparado com vacinas para os próximos dois, três anos”, antecipou o senador Omar Aziz, presidente da CPI da Covid-19.

“A CPI também tem o papel de procurar propostas e fazer com que a gente acelere negociações”, acrescentou Aziz.

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As duas oitivas estão mantidas, embora haja uma preocupação em relação à duração delas. Os dois primeiros depoimentos superaram as expectativas do colegiado. Luiz Henrique Mandetta respondeu aos questionamentos dos senadores por cerca de oito horas; Nelson Teich por cerca de seis.

O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) disse que o governo não tem preocupação de blindar qualquer depoente.

“Penso que vai cumprir papel importante, trazer dados dos ministérios, a forma como está se tocando a política de combate à Covid-19 neste momento com o olhar para o passado”, declarou Rogério. “[É importante que Queiroga] faça uma análise dos atos praticados desde o primeiro ministro até hoje.”

Rogério destacou a posição da Anvisa ao recusar por ora a vacina russa Sputnik V. “A Anvisa não tem legitimidade só quando aprova. Tem mais quando reprova por questões de segurança. E que ele [Barra Torres] dentro dos limites éticos vai declinar muitas informações importantes face à última decisão, que acabou impedindo a entrada de um dos imunizantes disponíveis”, disse.

Fonte: Metrópoles

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