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Justiça aceita denúncia contra 31 acusados de esquema de R$ 19 milhões em golpes contra banco

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O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) aceitou a denúncia do Ministério Público do Piauí (MPPI) contra 31 acusados de participação em um esquema de R$ 19 milhões em golpes contra um banco. A decisão, do juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal de Teresina, foi emitida nesta quarta-feira (25).

O MPPI denunciou que o grupo faturou utilizando dados falsos para abrir contas e conseguir crédito junto à instituição financeira para, depois, solicitar dinheiro sem pagar de volta.

Os acusados vão responder por estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia, da promotora Francineide da Silva Sousa, foi remetida para a 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina no dia 18.

O grupo foi preso durante a Operação Prodígio, da Polícia Civil do Piauí, deflagrada no dia 5 de setembro deste ano, em Teresina. Dentre os presos estavam Anderson Ranchel Dias, Handson Ferreira Barbosa, Ilgner de Oliveira Bueno e Sávio Máximo de Sousa, apontados como líderes.

A princípio, as prisões eram temporárias, com prazo de cinco dias. Passado o período, 26 pessoas foram liberadas e os suspeitos apontados como líderes tiveram suas prisões convertidas em preventivas. Alguns deles continuam presos.

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Pessoas denunciadas:

  • Anderson Ranchel Dias de Sousa
  • Angela Marques de Almeida Terto
  • Ariosvan Lopes Pereira
  • Diana Mayara da Costa Reis
  • Dimona Cibele de Andrade Miranda
  • Eristay Cantuario Oliveira
  • Erisvelton Felipe Oliveira Santos
  • Handson Ferreira Barbosa
  • Ilgner de Oliveira Bueno Lima
  • João Gabriel Vieira Leal dos Santos
  • José Iann da Penha Passos
  • Juliana Maciel Aires
  • Kamila Thayline de Oliveira Gomes
  • Liedson Ribeiro da Costa
  • Louise Raquel Cardoso de Sousa
  • Marcelo Cristian Gomes Silva,
  • Marcelo de Sousa Almeida
  • Maria Aparecida da Costa Morais
  • Rafael Soares de Oliveira
  • Raimundo Isaias Lima
  • Ramon Vitor Lopes Gomes
  • Rennan Erick de Oliveira Sousa
  • Sávio Máximo de Sousa Andrade
  • Simplício da Silva Santos
  • Tairo Nunes da Silva
  • Taise Nunes da Silva
  • Tiago de Carvalho Santos
  • Vinícius de Morais Sousa
  • Vitoria Ferreira do Nascimento
  • Wanderson Santos Queiroz
  • Washington Silva de Santana

Como funcionava o esquema

A investigação apontou que os líderes do grupo atraíam “clientes” que buscavam dinheiro, e usavam seus nomes para enganar os bancos e conseguir créditos altos.

O dinheiro era entregue ao cliente, e a quadrilha ficava com uma porcentagem. Em depoimento à Polícia, o homem apontado como líder do grupo, Anderson Ranchel, disse que ganhava “um pouco de dinheiro” com a fraude.

Entretanto, a investigação apontou que os líderes recebiam até 40%, e os empréstimos chegavam a custar R$ 120 mil. Segundo a Polícia, 117 pessoas foram identificadas como suspeitas de participar dessa forma da fraude.

Em todo o Brasil, são 314 suspeitos. Essas pessoas estão ligadas a mais de 600 contas bancárias com indícios de irregularidades.

Os suspeitos anunciavam empréstimos bancários facilitados em grupos de aplicativos, e também nas ruas. Muitos clientes moravam em bairros da periferia de Teresina, e os agenciadores do esquema usavam até carros de som para anunciar o “serviço” de empréstimos.

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Três dos quatro líderes nasceram e cresceram na periferia, e conheciam pessoalmente boa parte dessas pessoas. Depois, contas bancárias eram abertas no nome dessas pessoas, mas informando uma profissão e uma renda diferentes: médicos e engenheiros, por exemplo.

O objetivo era forjar uma alta renda para conseguir muito crédito nos bancos. Em seguida, o grupo depositava na conta um valor compatível com a renda declarada, e o banco entendia que a profissão do cliente era verdadeira.

Então, concedia o crédito bancário. Essa operação era feita outras vezes, para que o crédito bancário aumentasse. Em determinado momento, os criminosos decidiam “limpar” as contas, usando todo o crédito fornecido usando máquinas de cartão ligadas a empresas fantasmas, e não pagavam mais.

O prejuízo total da instituição financeira foi de R$ 19 milhões. Desse valor, R$ 6 milhões são relacionados a golpes praticados em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.

O esquema começou a ser investigado depois da esposa de um dos suspeitos presos ter denunciado a fraude após sofrer violência doméstica do marido.

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Além disso, a gerência do banco também estava desconfiando do número de contas abertas e da idade de alguns clientes. Por isso, a polícia foi acionada.

Os gerentes suspeitaram quando clientes, que se identificavam como médicos residentes, por exemplo, iam ao espaço físico do banco, tendo cerca de 18 anos.

Fonte: G1 PI

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