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Mais de 300 formados em curso da PM-PI cobram nomeação: ‘estamos desempregados’
Mais de 300 alunos formados no curso de soldado da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) cobram nomeação do governo do estado. De acordo com aprovados no último concurso, foi exigida dedicação integral durante o curso em troca de remuneração equivalente a 50% do salário de soldado da PM. Eles dizem que o benefício foi cortado e que o comando geral informou que não há previsão para nomeação.
Procurado pelo G1, o governo do estado comunicou que uma reunião, nesta terça-feira (17), com a secretaria de administração, está tratando sobre a nomeação dos aprovados.
“Pediram dedicação integral, foi exigida uma declaração de não acumulação de cargo como requisito para a matrícula. Todo mundo saiu dos seus empregos, eu saí de um emprego público para fazer parte do curso. Agora que estamos formados não recebemos mais as bolsas e não há um cronograma de nomeação. Estamos desempregados e desamparados”, relatou um dos formandos, que preferiu não ser identificado.
O curso de soldado da PM teve início em janeiro deste ano com duração de seis meses, período em que os alunos recebiam uma bolsa no valor de R$ 1.647,49. A formatura aconteceu no dia 25 de junho e até o momento os formandos não têm um posicionamento sobre quando e se serão nomeados.
O formando afirmou que enquanto faziam o curso, os alunos foram deslocados para atividades policiais. “Durante os seis meses de formação nós éramos bolsistas, recebíamos metade do salário de um soldado e participamos junto com a defesa civil nas cidades da região Norte na missão alagados, atuamos também no policiamento na rua”, contou.
Diante da situação, o Ministério Público (MP) interveio, fazendo uma recomendação ao comando geral da PM. O órgão recomendou que os alunos civis do curso de formação de soldados fossem retirados do exercício das atividades próprias de policiais militares, em especial policiamento nas ruas, fardado e armado, determinando o retorno dos mesmos às suas normais atividades do curso de formação.
“Terminamos o curso, o governador estava presente na nossa formatura, mas uma semana depois, o comandante se reuniu com a gente e disse que não sabia como seria nossa situação, que tinha se reunido com o governador e não sabia quando seria nossa nomeação e que não poderíamos mais ser bolsistas”, finalizou o formando.
No dia da formatura dos novos soldados, o governador Wellington Dias publicou no seu Instagram fotos da cerimônia e afirmou que os formandos integrariam a segurança do estado. “Prestigiei a formatura de 324 policiais militares, que com sua força jovem vão integrar a missão de proteger o nosso Piauí”, escreveu.
O governo do estado afirmou que a bolsa só é paga durante o período do curso de formação e que o governador e a secretaria de administração vão se reunir nesta terça-feira (17) para ver a possibilidade de nomeação.
Fonte: G1
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