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Prefeito Dr. Corinto investe em capacitação para agentes de combate a endemias em Marcolândia

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A Prefeitura de Marcolândia na gestão do prefeito Dr. Corinto Matos juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde estão investindo em capacitação para Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) no Curso Introdutório em Agentes de Endemias.

Com recursos próprios investidos pelo município na gestão “Amor e respeito pelo povo”, a capacitação é realizada pelos profissionais Dr. Francisco Moraes, Dr. Francisco das Chagas e Gilmar Martins, da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI).

O treinamento iniciou desde o último dia 23 de fevereiro e prosseguiu até esta sexta-feira, dia 26, com aulas teóricas ministradas no auditório da Unidade Escolar Valdir Tintiliano. Junto ao conhecimento teórico, os agentes de endemias também são instruídos em aulas práticas.

O prefeito Dr, Corinto Matos, destacou a importância do curso introdutório dos agentes para combate a endemias. O curso vai ajudar no combate à proliferação das endemias e auxiliar na conscientização da população com informações precisas.

“É importante salientar que o treinamento com os novos profissionais por meio da equipe da Sesapi, vai auxiliar no conhecimento dos agentes pra lidar com o combate à disseminação do mosquito da dengue, chikungunya, barbeiro entre outros. Além dos agentes que terão acesso às residências e comércios, as pessoas proprietárias desses locais terão maior conhecimento de como agir no combate e prevenção. A gente sabe que são arboviroses muito presentes no dia a dia e assim com esse curso certamente vai proporcionar mais segurança para nosso município”, destacou o prefeito Dr. Corinto Matos.

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As aulas teóricas são ministradas pelo médico veterinário, Francisco Moraes, que é técnico da Sesapi e da coordenação de vigilância ambiental responsável pelas arboviroses.  Ele explica que os ACE’s estão sendo capacitados nas atividades de controle das endemias dentro do município, visto que é uma nova gestão municipal onde houve a necessidade da ampliação do quadro de agentes.

“Havia a necessidade desses agentes terem conhecimento do que eles iam fazer no dia a dia nas atividades do controle tanto para dengue, chagas, leishmaniose, bem como nas atividades de educação em saúde que eles iam ter que desenvolver essa prática junto com a população e as medidas de prevenção e controle desses agravos, ou seja, o que é que eles vão estar no dia a dia detectando pra fazer com que a população possa apoiar essas ações municipais, no controle desses agravos, evitando assim que as doenças ressurjam no dia a dia, e possa ocorrer epidemias, tanto pra dengue, chikungunya e a doença de chagas”, explicou o instrutor.

As aulas são aplicadas através de slides ilustrados e material didático com apostilas que servem também para o dia a dia dos agentes para se basear no momento que eles necessitarem de rever algum conhecimento.

“A gente fez apresentações de slides dos agravos para que eles pudessem ter uma visão do que é cobrado no dia a dia, as ações da formação, da informação que o papel deles é gerar informações e por isso que o município conta com vários sistemas de informações para toda uma amplitude junto ao Ministério da Saúde, isto é, o que o município fabrica e avaliar aquela produção das informações levando ao conhecimento tanto do estado quanto do Ministério da Saúde, as ações que eles vem desenvolvendo no âmbito municipal. Dessa forma, eles possam ser avaliados e apoiados diretamente em alguma necessidade”, destacou.

As aulas teóricas são unidas às práticas para que eles percebam o que estão adquirindo de conhecimento, no que realmente condiz com a prática, de como que eles estarão preenchendo os boletins. “Aquelas informações pedidas dentro do boletim têm uma real necessidade para que sejam avaliadas as ações que vão ser tomadas”, acrescentou.

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Os imóveis segundo destacou Francisco Moraes são classificados em residência, comércios e terrenos baldios (TB).

“Os agentes precisam saber desse diferencial se é em casa, comércio e terrenos para ter o conhecimento da totalidade de como funciona o município. O agentes terão conhecimento do que eles vão trabalhar na zona urbana, de como vão trabalhar Chagas e Leishmaniose na zona rural para desenvolver a ações inerentes a cada programa”, pontuou.

Durante a aula teórica como exemplo foi destacada a “crença em saúde” que é muito utilizado pelo conhecimento comum da população.

“É muito visto no dia a dia as pessoas procurarem umas as outras e passar determinadas “receitas”. Outra questão é em relação ao animais peçonhentos, no caso de um picada de cobra por exemplo que as pessoas dizem que é bom prender o local atingido, cortar, sugar o veneno. Esses conhecimentos populares às vezes só prejudicam […] às vezes as pessoas dizem que é apenas uma “cabeça de prego” e não vê o mosquito. De certo é que de tudo isso temos que ter embasamento, rebater essas situações que aparecerão e levar o conhecimento”, exemplificou.

Entre outros fatores durante as instruções foi mencionado a respeito da comunicação competente. Segundo explicou o instrutor, é importante a utilização de linguajar adequado.

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“Não posso chegar para a população com a comunicação totalmente científica. É bom sempre perguntar como as pessoas conhecem “no popular determinados fatores”. Então é necessário que vocês agentes acompanhem as pessoas juntos explicando o que pode e o que não pode como recipientes de água parada, que causam riscos não só para o local, mas para o entorno. O mosquito não fica só em uma casa e a partir do momento que ele se procria, ele vai começar a procurar outros locais. O mosquito, a fêmea, precisa se alimentar e esse alimento é o sangue humano”, revelou.

“É conveniente conversar o máximo, dialogar e mostrar os erros que estão e como eles podem fazer a mudança”, recomenda.

Já mosquito barbeiro ele se aloja em um território em determinados pontos escuros. Somente depois que a reprodução aumenta ele sai a procura de outros ambientes.

Sobre as aulas práticas, de campo, o coordenador do Programa de Entomologias e de Chagas, Francisco das Chagas, destaca que o objetivo na aula prática é fazer a mantença da densidade vetorial que têm envolvimento e importância na transmissão de agravos. Os maiores focos são: doença de chagas, o calazar canino e a dengue.

“No Piauí a dengue vem crescendo por conta do relaxamento da população em não acreditar que o vetor tem suas importâncias de vários agravos com dengue, chikungunya e Zika. A Doença de Chagas hoje, ela está dentro do semiárido. Distribuído de norte a sul, hoje mais ou menos 150 municípios têm a presença do vetor. Dentro do gênero, tem várias espécies e cada espécie assim tem sua importância”, frisou.

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Agentes de Combate a Endemias durante aulas práticas na localidade Morada Nova, na zona rural 


Na investigação e pesquisa direta da Doença de Chagas foca-se principalmente na densidade vetorial desse vetor na zona rural. Outro ponto importante verificado no vetor de acordo com o coordenador, é se ele está ou não em condições de transmitir a doença.

“É se ele tem o parasita no seu conteúdo estomacal, mandar para o laboratório para identificar as condições epidemiológicas desse vetor, porque esse vetor, quanto maior a quantidade de vetores em condições transmitir a doença, mais risco está a população”, afirmou.


Uma vez essa população exposta, o município tem que se preocupar com a fiscalização desse parasitismo nesses vetores


Após a identificação é feito o controle com aplicação de produto químico do grupo Piretróide em todas as residências que foi encontrado, o barbeiro convivendo com as pessoas.

“Uma vez que nós encontramos o barbeiro parasitado convivendo com um grupo familiar, esse grupo familiar tem que fazer a coleta de sangue para saber se tem alguém ali, que tem a infecção chagas ou já mesmo a doença. Então é um sequencial, é um ritual dentro de um programa. Todo programa de controle de vetores, ele tem esse ritual”, esclareceu.

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Agentes de Combate a Endemias durante aulas de campo na zona rural


Dengue

Em relação a dengue, o coordenador Francisco da Chagas, destacou que é feito a busca direta de casa a casa no no sentido de identificar os focos. “O que é foco? Foco é a presença do vetor em porções de água, seja em tanque, poço, pneu, lata, em pequenos depósitos, se o mosquito tem condições de reproduzir ou que já esteja se reproduzindo”, explicou.

Dengue, barbeiro e calazar

Com relação ao tempo de coleta da larva e envio para laboratório, Francisco das Chagas, ressaltou que o tempo – espaço de coleta e serviço de saúde pública – não deve demorar e necessita o máximo de desenvolvimento precoce.

“Tem que ter tempo reduzido entre a coleta e a resposta, porque você tem que entrar com as intervenções, de orientação para a população, medir se possível a densidade vetorial, ir lá para conferir se existe já adultos circulantes, porque é o adulto que faz a transmissão”, disse.

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“Enquanto larvas, a nossa preocupação é apenas o indicador, a presença da larva. Mas o que é preocupante para nós é o adulto, seja do mosquito do calazar, seja do mosquito da dengue, seja do barbeiro. Todo eles adultos são para nós preocupantes, porque são eles que já tem maturidade sexual de fazer essa essa transferência de protozoários. Então, eles fazem isso na fase já adulta e nossa preocupação é fazer essa vigilância como também medir essa densidade vetorial. Quanto maior a densidade vetorial desses mosquitos, dos barbeiros circulando, maior a chance das pessoas adoecerem”, alertou para o cuidados que a população deve tomar.

Cuidados e prevenção

Mosquito barbeiro

Sobre as forma de prevenção, em caso do mosquito barbeiro, as pessoas devem deixar os arredores de suas residências limpos, sem acúmulo por muito tempo de material como madeira, pedras, telhas.

“A partir do momento em que for detectada a presença do barbeiro em determinados locais o município deve ser comunicado para fazer o controle mais rápido possível. Os barbeiros são vulneráveis, ou seja, de fácil infecção por meio de animais que vivem nas periferias residenciais como os roedores (ratos, camundongos, esquilos, tâmias, gerbos, hamsters, castores, lemingues, porquinhos-da-índia e porcos-espinhos), marsupiais (gambá, a cuíca, o diabo-da-tasmânia e o coala), canídeos (cães, lobos, chacais, coiotes e raposas). Todos esse animais têm chances de infectar o barbeiro e vice-versa”, acrescentou.

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Dengue

Em caso de Dengue as formas de prevenção é evitar que água fique acumulada em depósitos desnecessários como pneu, tampa de lata, depósito de dentro de casa, garrafa quebrada, casca de coco, depósitos pets, principalmente no período de chuva.

Calazar canino

Segundo o coordenador Francisco das Chagas o calazar canino se reproduz por meio de diferentes agentes. O profissional recomenda que em casos de animais domésticos como cães e gatos seu tutores devem limpar frequentemente os recipientes de comida e água.

O vetor, o mosquito, ele se instala nas proximidades da casa alimentando-se de aves, porcos, pessoas, cães, asininos (jumentos), caprinos e ovinos.

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“Ele se reproduz no chão, nas poças de lama, as pequenas porções de água aos arredores da casa (terreiro) e as pessoas não se preocupam. Isso favorece a reprodução do vetor  e é esse que devido ser um inseto muito pequeno, ele aparentemente não tem importância. Eles geralmente picam as pessoas aos fins de tarde, a tardinha”, explicou Francisco das Chagas.

“Uma vez esses animais infectados nunca mais deixarão de ficar infectados. É assim que se transferem as infecções dos insetos para as pessoas e das pessoas para os insetos”, concluiu Francisco das Chagas.

Agente de Combate a Endemias, Alailson da Silva, que participou da formação falou sobre os conhecimentos adquiridos.

“O treinamento foi em um momento oportuno, porque a gente está iniciando e não tínhamos conhecimento amplo. Já ouvimos falar dos casos de dengue e doenças de chagas, mas não conhecíamos de forma mais ampla. Tivemos aulas práticas em campo onde conhecemos todas as fases desde a larva, pupa, ovada, até chegar no mosquito. Na dengue o mosquito coloca os ovos perto de onde tem água, daí se transforma em larva que tem três fases até chegar na pupa e depois eclode tornando-se mosquito. A fêmeas se alimentam de sangue e transmite doença. O mosquito macho não se alimenta de sangue. Ele fica alojado mais em vegetações”, pontuou o aluno e agente de combate a endemias.

Após conclusão do curso, os seis agentes de combate a endemias receberão certificados de 40 horas / aula.

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