Connect with us

NOTÍCIA DESTAQUE

Agentes penitenciários no Piauí denunciam falta de equipamentos: “Cadê nossas armas”

Publicado

em

Boa parte dos 75 agentes penitenciários nomeados entre o segundo semestre de 2018 e janeiro deste ano estariam sem equipamentos de trabalho. Pelo menos essa é a denúncia que circula por grupos de whats app e chegou até o OitoMeia. Segundo o texto, os recém-convocados não receberam armas e coletes, apesar de já estarem trabalhando.

Em posse do texto, a reportagem procurou dois agentes penitenciários. Eles pediram a preservação dos nomes, mas confirmaram a questão. Segundo ambos, isso afeta a integridade física dos servidores e familiares, que não contam com os próprios equipamentos de segurança dentro e fora dos presídios.

Apenas uma parcela dos agentes nomeados recebeu os equipamentos. Desde então, os demais aguardam o material de trabalho. “Essa é a realidade que a gente está enfrentando. Quando assume a vaga, devemos receber arma, distintivo, cinto tático, colete à prova de balas e carteira funcional, mas nós não temos todos esses equipamentos”, explicou ao OitoMeia.

Não apenas os novos agentes, mas os servidores mais antigos também encontram a mesma dificuldade. Eles já foram aprovados nos requisitos técnicos, mas estão sem armas. Ainda segundo o texto, o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) liberou recursos para o Piauí no valor de R$ 60 milhões. O Estado teria recebido 500 pistolas, só que não foram distribuídas para os servidores da segurança prisional.

“A verba do Funpen é para estruturar o sistema penitenciário. Se ele tivesse empregado essas 500 armas para os agentes, todos teriam armas porque acredito que existam 620 agentes na ativa. Mas, isso vai para outros fins”, criticou.

Publicidade

QUESTÕES SALARIAIS

Os agentes também cobram os adicionais noturno e extraordinário [extra]. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), o valor não é pago desde o ano passado.

“É quase R$ 1 mil e não é pago. Ninguém recebe e isso faz uma grande diferença. Se o Estado nomeia novos agentes, está ciente que ele deveria pagar, assim como todos deveriam receber”, destacou o agente.

USO DE ARMAS POR AGENTES

Em 2014, a então presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei que permite que agentes penitenciários e guardas prisionais tenham porte de arma quando a dedicação à função é exclusiva. A batalha teve início em 2006 e chegou ao ápice em 2013, quando centenas de servidores acamparam por semanas no Congresso Nacional.

Os agentes defenderam a medida afirmando que a profissão é um perigo constante, embora as ameaças sejam veladas. Além do pouco efetivo, eles trabalham dobrado e vivem sob o risco de um motim, já que as unidades são superlotadas e há carências estruturais.

Para defesa pessoal, o agente interessado tem que se submeter a provas psicológicas e testes de tiro, ministrados por órgãos ou profissionais credenciados pela Polícia Federal. É um processo burocrático, necessário e feito sob os olhos do Governo.

Publicidade

O OUTRO LADO

Nesta quinta-feira (07/03), a Secretaria de Justiça (Sejus) entregou novos equipamentos e alguns agentes penitenciários estiveram presentes para recebê-los. O OitoMeia aguarda posicionamento do órgão sobre a questão.

 

 

 

Fonte: Oito Meia

Publicidade

ACOMPANHE O PORTAL NAS REDES SOCIAIS:
@cidadesnanet
Facebook.com/cidadesnanetoficial

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS