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Protesto contra casos de feminicídio tem ‘banho de sangue’ no Piauí
Manifestantes fizeram protesto na manhã desta terça-feira (22) diante do Palácio de Karnak, no Centro de Teresina. O grupo fez um ato simbólico com um “banho de sangue”, pedindo o fim da violência contra a mulher e punição para autores de feminicídio. O grupo produziu ainda uma carta para entregar ao governador Wellington Dias (PT).
Durante o protesto, o grupo lembrou os quatro casos de mortes de mulheres ocorridos nos últimos 10 dias na capital e em Timon, no Maranhão, cidade vizinha a Teresina. Em dois deles, a polícia confirmou o feminicídio, que é uma qualificadora do homicídio caracterizada pela morte em razão do gênero ou desprezo à condição de mulher.
As mulheres assassinadas foram a cabeleireira Aretha Dantas Claro, 32 anos, morta em 15 de maio com 20 facadas e atropelada. A polícia prendeu seu ex-namorado pelo crime. Gisleide Alves foi morta dois dias depois, com 16 facadas, e o namorado que conhecia a vítima havia apenas 15 dias foi apontado como autor do crime. Uma adolescente de 13 anos foi morta em Timon no dia 20 e o suspeito era seu namorado. Marinalva Ferreira da Silva, 42 anos, foi achada morta no rio Poti na sexta-feira (18), com perfurações pelo corpo, sinais de espancamento e sem roupas.
“Parece que estamos sempre lutando contra o feminicídio quando ele já ocorreu. Queremos, claro, a punição dos homens que assassinaram mulheres, mas queremos uma conscientização em todo o estado, queremos discutir o assunto, porque a gente sabe que existe uma necessidade de prevenir”, falou uma das manifestantes, a estudante de direito Letícia Lima.
Durante o ato, duas integrantes do grupo fizeram uma encenação de um “banho de sangue”, lembrando as últimas vítimas de feminicídio. Junto disso, o grupo produziu uma carta com solicitação de políticas públicas para atender as vítimas de violência, não apenas quando há morte da vítima, mas quando esta resolve denunciar uma agressão ou violência psicológica.
“A gente veio com propostas de políticas públicas, educação de gênero nas escolas e qualificação de servidores da saúde, assistência social e segurança pública, para lidar com mulheres em situação de violência. A gente precisa falar sobre isso, porque muitas vezes a denuncia é arquivada, não vira ação penal e nem medida protetiva para as mulheres. Estamos aqui para denunciar essa realidade e pedir que ela mude”, disse Letícia.
Fonte: G1 | (Foto: Lorena Linhares/G1)
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