“Temos família para sustentar”, destacam artistas de Picos durante manifestação

Durante manifestação pacífica promovida na manhã desta sexta-feira, 29, artistas de Picos e região destacaram várias frases que representam o momento que a classe vive, dentre as faixas e cartazes: “Temos família para sustentar”. A manifestação teve sua concentração na Praça João Leopoldo, ao lado da Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus, e percorreu toda à Avenida Getúlio Vargas.

O cantor Edy Sakana comentou sobre o momento que a classe artística de Picos está passando. Ele relata que a classe é um setor muito prejudicado. Edy Sakana ainda reafirma o que a classe destacava em seus cartazes: “cada um músico desse tem filho para criar”.

“A gente ver uma coisa na cidade de Picos, não só em Picos, mas em todo o Piauí, estamos atrás dos gestores, porque se pode abrir os restaurantes para as pessoas irem, porque não pode ter só a música. Então, a gente é um setor muito prejudicado desde o início, a gente está há um ano parado sem tocar, e hoje a gente não poder exercer a nossa profissão. O que queremos é o apoio, cada um músico desse tem filho para criar, nós estamos à deriva, então a gente já tentou de todas as formas e não fomos ouvidos por ninguém”, destacou.

De acordo com a cantora Fafá Santana, a classe reivindica voltar a trabalhar ou alguma medida protetiva que garanta ao menos o sustento básico.

“Eu mesma tenho banda completa, tenho certeza que esse não é o momento, respeito de mais, mas a gente está tentando pelo menos fazer barzinho, fazer shows em espaços pequenos para poucas pessoas, cumprindo todos os protocolos, e até esse direito nos foi tirado, sendo que nenhum subsidio foi nos dado para que a gente não exerça a nossa função. Então, a gente está lutando para que seja colocado em prática alguma medida protetiva para gente, que a gente possa estar amparado perante a lei, perante o poder público, recebendo algum benefício que nos garanta o sustento pelo menos do básico”, frisou.

Fafá Santana ainda comenta sobre a manifestação. “Estamos aqui reunidos para que a gente possa chamar a atenção, ser ouvidos, que a nossa causa também vire a causa da sociedade, que todos saibam o que a gente está passando em não poder trabalhar, então a gente está aqui em uma manifestação pacífica”, afirmou.

A manifestação contou com a participação de cantores, músicos e promotores de eventos, que relatavam sua indignação pela proibição de trabalhar e pediam por apoio da sociedade e do poder público.

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