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Comissão da OAB vai reescrever a história escravidão negra do Brasil

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O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho (foto), falou, ontem, que a criação da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil é uma forma de se reescrever e fazer justiça histórica. “Ela foi inspirada na Comissão  Nacional da Verdade e tem como objetivo investigar com métodos existentes nas  universidades os horrores que aconteceram em relação escravidão negra no Brasil”. afirmou.
Segundo ele, os dados históricos mostram que a nossa história deve ser reescrita. “ Sempre a história é escrita pelos vencedores, temos que reescrever a história com a visão de quem foi vencido, dos escravos, dos negros, para que se possa demonstrar as ações afirmativas, de medidas como as cotas raciais” disse.

“Como sempre fizemos em nossa história, a Ordem dos Advogados do Brasil busca promover o Estado Democrático de Direito e a justiça social. E foi atenta a essa realidade de desigualdade e discriminação que, provocados pela sociedade civil organizada, decidimos instituir a Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil”, afirmou. Ele lembrou que a OAB foi ao Supremo Tribunal Federal defender a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades e, agora, ao criar a comissão dá um passo no sentido de resgatar a história do país.

Segundo ele, a ação é um reparo histórico com a verdade. A comissão foi lançada na última sexta-feira, na sede a OAB em Brasília, o funcionará a partir de convênios com universidades e laboratórios de história, que façam um levantamento de toda a história do Brasil.  “Isso será feito para que se tenha um relatório, sobre os horrores da escravidão negra no Brasil”, disse  Marcos Vinicius.

COMPROMISSO
No lançamento da comissão a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República,  Ideli Salvatti compareceu à posse e elogiou a iniciativa da OAB. “Nem o holocausto se compara aos três séculos de escravidão negra no Brasil, pois as senzalas se igualam às trincheiras do nazismo. É de suma importância resgatar a memória desse período e restabelecer a verdade. Desejo sucesso e todo o resultado que o país merece e precisa”, afirmou.

O secretário-geral da OAB Nacional, Cláudio Pereira de Souza, relembrou casos recentes de violência contra negros, como o desaparecimento do pedreiro Amarildo e de dois garotos no Rio de Janeiro. “Escravidão ainda persiste em inúmeras de suas manifestações. Esse é um momento de celebração, mostra que a OAB tem compromisso com bandeiras forte de superar as injustiças que flagelam nossos grupos vulneráveis”, disse.

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A Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil é composta por 39 membros fixos e consultores. Em dezembro, o grupo apresentará um relatório parcial de suas atividades, enquanto o relatório final ficará para dezembro de 2016. A OAB firmou parcerias com diversas universidades e entidades, que ajudarão no desenvolver das atividades e nas pesquisas.

Fonte:Cidade Verde

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