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Como manter a saúde mental em isolamento?

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Não está fácil para ninguém. Em razão das recomendações de profilaxia para evitar o contágio em massa do coronavírus, muitas pessoas estão tomadas pelo tédio de ficar em casa. Embora seja uma situação aparentemente passageira, é possível adotar algumas técnicas para manter a saúde mental em dia.

Neste caso, é necessário lutar com as armas que estão ao seu alcance. É o que explica Rodrigo Lopes, psicólogo com abordagem em terapia cognitiva comportamental e hipnose. “É preciso procurar ter qualidade de vida da maneira que está se podendo ter. Seguir o que recomenda a Organização Mundial de Saúde, claro, mas mantendo contato com quem está na sua casa, com todo o cuidado para evitar proximidade. Além disso, tendo um espaço para assistir um filme, utilizar a internet. Fazer comunicação por vídeo com outras pessoas que estejam fora do seu convívio”, explica.

É preciso ter boas esperanças, acima de tudo. “É pensar que é um período que vai passar. É preciso a conscientização das pessoas para que o vírus não nos leve a uma realidade de adoecimento maior da população. Neste caso, é sair do ócio. Ler, limpar alguma coisa, comprar revistas e livros online, estar sempre em comunicação com os amigos, mesmo em isolamento, através da internet. É preciso seguir as regras estabelecidas por cada ambiente”, acrescenta Rodrigo Lopes.

Psicólogo Rodrigo Lopes | Crédito: Arquivo Pessoal

Já ouviu falar no dizer que “cabeça vazia é oficina do diabo”? O psicólogo reforça essa ideia. “O ócio é, sim, perigoso. Dentro dessa realidade é necessário ter cuidado. É preciso buscar estar fazendo alguma coisa. Mas em muitos momentos precisamos mesmo estar parados, descansando. O corpo pede isso. No entanto, é necessário lidar com a situação. Assim diminuímos o risco da doença e aumentamos o imunológico das pessoas”, aponta o profissional da saúde mental.

É preciso ter cuidado para não desenvolver transtornos. “As pessoas estão ficando preocupadas e isso pode desencadear a uma psicopatologia. Se a pessoa já tem isso, pode levar a facilitar essa realidade. Principalmente com o medo de pegar a doença. Hipocondríacos podem sentir mais facilidade em perceber e ter a doença, criando medos excessivos. Rituais, como transtorno obsessivo compulsivo, além da própria ansiedade”, revela Rodrigo Lopes.

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Meditação como ferramenta para manter a calma

Juliana Fiúza, professora de yoga, explica que o contexto de pânico pode ser atenuado, principalmente quando a pessoa pratica a meditação. “O que percebemos de maneira muito clara é que a saúde, a economia e principalmente a mente das pessoas foi afetada profundamente. As pessoas estão paralisadas. Estão entrando em pânico. Nós, no Brasil, sempre tivemos um certo privilégio porque nunca passamos por guerras ou catástrofes, mas existem muitas pessoas que vivem em quarentena desde que nasceram. A questão é: a vida é impermanente. Não existem garantias, não existe nada que realmente possa garantir que tudo o que tenho será mantido”, aponta.

Quem medita tem mais chances de aprender a se adaptar. “Mente rígida, inflexível, não é possível quando você é alguém que tem esse hábito. Minha recomendação é que realmente escutem o que o mundo inteiro está falando sobre esse vírus, não levem na brincadeira. Estamos passando por uma grande transformação como sociedade”, completa.

CRÉDITO: José Alves Filho

Juliana refuta a ideia de “azar” ou “castigo”. “Esse vírus e nada que nos acontece é fruto do acaso ou de azar. Estamos sendo convidados a rever posicionamentos e a realmente olhar para nossas prioridades. Então faça isso. Nesse momento muita coisa que nos preocupamos e que achamos que dependemos para viver cai por terra. O que fica é o essencial”, analisa.

Ela observa que a prática de yoga pode otimizar o sistema imunológico. “É possível evitar doenças porque yoga ajuda a fortalecer todo o sistema imunológico, ajuda no aporte de oxigênio para o sangue. Aumenta nossa capacidade de digerir tudo aquilo que vem de fora para dentro. Regula o funcionamento dos nossos hormônios. Mas principalmente, yoga ajuda a ter objetividade, a escolher com clareza. Um yogi sabe que existem duas coisas: existe aquilo que precisa ser feito por mim e aquilo que eu gostaria de fazer. Por exemplo, eu tenho que ir à festa de aniversário da minha avó e eu quero ir. Isso é fácil. Agora pense, eu quero ir à festa da minha avó mas eu não posso ir por questão de segurança pública: é aqui que mora a força de um yogi. Saber fazer o que precisa ser feito e esquecer aquilo que eu gostaria de fazer. Saber aquilo que preciso comer para manter a saúde e parar de pensar apenas no que eu gostaria de comer. Yoga deixa a mente afiada, o corpo saudável e o coração com fé”, considera Fiúza.

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Fonte:  Meio Norte

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