Entidades do Piauí fazem protesto contra a terceirização

Manifestantes participaram nesta quarta-feira (15) em Teresina do protesto contra o Projeto de Lei 4.330, que amplia os contratos de terceirização. A manifestação começou por volta das 9h30 e encerrou às 12h50. Lojas do Centro chegaram a ficar fechadas e o trânsito complicou na Avenida Frei Serafim. Segundo a organização do movimento, cerca de 1 mil pessoas participaram do ato, já a Polícia Militar contabilizou 400.

O PL 4330/04 prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade. Representantes dos trabalhadores argumentam que a lei pode provocar precarização no mercado de trabalho. Empresários, por sua vez, defendem que a legislação promoverá maior formalização e mais empregos.

O protesto organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) conta com a participação de várias entidades, entre eles: Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro), Sindicato dos Comerciários e Sindicato dos Urbanitários. Após caminhada pela Avenida Frei Serafim, os manifestantes se reuniram na Praça Rio Branco e saíram em caminhada pelas ruas do Centro.

“Essa lei acaba com todos os direitos trabalhistas. O patrão a partir de agora vai mandar embora sem o funcionário receber nada. Os trabalhadores não vão mais ter direito a 13º salário, vale transporte e não teremos mais concursos públicos. Vai dificultar arrumar emprego”, disse Francisco Ferreira, Sindicato dos Urbanitários do Piauí.

Para o presidente da CUT no Piauí, Paulo Bezerra, o movimento atingiu seu objetivo. “Foi necessário este debate para que a população conheça do trata a Lei da Terceirização. O ato foi acima da expectativa, pois não esperávamos um grande público, mas contávamos com os  representantes de classe e tivemos”, afirmou.

Segundo o presidente,  30 entidades participaram da  mobilização. Ele ressaltou que agora vão aguardar a votação das emendas relativas ao projeto de lei para marcar um novo ato.

“Estaremos vigilante e vamos acompanhar para saber se esta proposta vai avançar em busca do direito dos trabalhadores. Queremos a regulamentação dos terceirizados, mas além disso, cobramos que o direito dos trabalhadores sejam cumpridos”, disse Paulo Bezerra.

 

Fonte: G1