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Infectologista do HUT diz que uso de cloroquina e hidroxicloroquina não tem eficácia no tratamento da Covid-19
O uso da hidroxicloroquina e cloroquina não têm resultados positivos no tratamento do novo coronavírus. De acordo com o médico infectologista e intensivista do Hospital de Urgências de Teresina, Dr. Kelson Veras, o uso dos medicamentos são ineficazes no tratamento da COVID-19.
O infectologista ressalta ainda que o número de óbitos é maior em pessoas que fazem uso dos medicamentos se comparados aos pacientes que não foram medicados com cloroquina (CQ) e hidroxicloroquina (HCQ).
“Foram 96 mil pacientes com comparativo entre quem usou e quem não usou a cloroquina e hidroxicloroquina no início do tratamento dentro de 48 horas do diagnóstico. A maior mortalidade hospitalar é nos grupos que usaram CQ/HCQ em relação a quem não usou. As evidências apontam para ineficácia da CQ/HCQ e maior risco de mortalidade para pacientes”, destaca.
Kelson Veras concorda com os resultados da pesquisa desenvolvida por pesquisadores que observou 96.032 pacientes com idade média de 53,8 anos em 671 hospitais dos seis continentes do mundo.
A metodologia de pesquisa utilizou cinco grupos de pessoas como critérios para a obtenção de resultados. Do total de 96.032 pessoas, 14.888 pacientes receberam 04 tipos de tratamentos diferentes com a cloroquina e a hidroxicloroquina.
O número de pacientes que receberam apenas a cloroquina soma 1.868 pessoas no grupo 01. Os pacientes do grupo 02 medicados apenas com hidroxicloroquina soma o total de 3.016 pessoas. No grupo 03, tomaram a combinação de cloroquina e macrólidos (uma classe de antibióticos) 3.783 e no grupo 04, 6.221 pacientes receberam hidroxicloroquina e macrólidos.
O quinto grupo que é denominado pelos pesquisadores como grupo controle ou grupo comparação que não fez uso dos medicamentos e é composto por 81.144 pacientes.
O percentual de mortos do grupo comparação é de 01 a cada 11 pacientes (7.530 pessoas) equivalente a 9,03%. Dos pacientes que usaram a cloroquina ou hidroxicloroquina 1 a cada 6 morreram – 307 pessoas tomaram cloroquina (16,4%) e 543 tomaram hidroxicloroquina (18%).
Cerca de 1 a cada 5 pacientes que usaram cloroquina ou hidroxicloroquina com macrólidos morreram. Neste, foram contabilizadas 839 mortes (22,2%) em pessoas que usaram cloroquina com antibiótico e, 1.479 (23,8%) morreram ao fazer uso da hidroxicloroquina com antibiótico.
Sobre os resultados obtidos por meio de pesquisa, o médico Kelson Veras, mais uma vez defende o não uso dos medicamentos.
“Eu e todas as entidades médicas do planeta defendemos não usar cloroquina ou hidroxicloroquina para tratar COVID-19”, concluiu
*Da redação Cidades Na Net com informações da revista The Lancet*
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