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Movimentos estudantis e sindicais fazem protesto contra a PEC 55 no Piauí

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Manifestantes contrários à PEC 55, que limita despesas do governo impondo um teto de gastos, fizeram na manhã desta quinta-feira (1º) um protesto em Teresina. A manifestação teve início às 8h no Palácio de Karnak e seguiu para a frente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Segundo os organizadores, mais de 2 mil pessoas participam do ato. A Polícia Militar não deu estimativa de público.

Pelo menos 60 ônibus chegaram na capital desde cedo trazendo pessoas de cidades como Bom Jesus, Baixa Grande, Cristino Castro, Parnaíba e Luzilândia. Os manifestantes usaram faixas, cartazes e até urnas funerárias para protestar contra as medidas do governo federal.  Os caixões tinham imagens de vários políticos, que segundo o grupo, seriam os deputados e senadores que apoiam a PEC 55.

As urnas chegaram a ser incendiadas em frente à Alepi e foi necessária a intervenção do Corpo de Bombeiros. Participam do ato pessoas ligadas a movimentos sociais, sindicais e estudantis.

“Hoje é o dia estadual de defesa da terra, da água e dos povos do semiárido. Estamos lutando contra os decretos do governo Temer que vão tirar ainda mais os direitos dessas pessoas, principalmente do campo, porque beneficiam os grandes proprietários de terras”, disse Carlos Umberto Campos da Cáritas Brasileira.

Manifesação contou com participação de moradores de diveros municípios  (Foto: João Cunha/G1)Manifesação contou com participação de moradores de diveros municípios (Foto: João Cunha/G1)

A Proposta de Emenda à Constituição foi aprovada em primeiro turno no Senado Federal na madrugada da quarta-feira (30) e ainda precisa ser analisada em segundo turno, previsto para 13 de dezembro. A PEC 55 estabelece que, nas próximas duas décadas, as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário e seus órgãos) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior.

Já para o ano de 2017, o texto institui que o teto de gastos corresponderá à despesa primária – que não leva em consideração os juros da dívida pública –, corrigida em 7,2%. Inicialmente, os investimentos em saúde e em educação entrariam no teto já em 2017, mas, diante da repercussão negativa da medida e da pressão de parlamentares da base, o governo concordou que essas duas áreas só se enquadrarão nas regras a partir de 2018.

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“Estamos aqui para chamar atenção dos três poderes para que eles olhem para os mais necessitados implantando politicas públicas que beneficiem os mais humildes. Reivindicamos reforma agrária e projetos que ajudem os pequenos agricultores, regularização fundiária, previdência”, falou Gregório Borges, da Pastoral da Terra.

G1

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