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Navio e aeronave da Marinha não detectam óleo na superfície do mar no Litoral do Piauí

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O navio patrulha e a aeronave da Marinha não detectaram óleo na superfície do mar no Litoral do Piauí durante monitoramento nessa segunda-feira (18). A missão contou com representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar).

“Durante todo o dia, o navio fez traçados em zigue-zague buscando por manchas de óleo e não foi não foi detectado óleo na superfície do mar no Litoral do Piauí. O monitoramento bate com as informações coletadas nos dois sobrevoos que fizemos na região, onde foram vistos óleo nas praias”, revelou o comandante da Capitania dos Portos do Piauí (CPPI), capitão de fragata Dante Duarte.

Nesta quarta-feira (19), a Capitania dos Portos entregou um relatório sobre as manchas de óleo no Litoral a governadora do Piauí em exercício, Regina Sousa. O governo aguardava o documento para analisar o pedido do decreto de situação emergência do estado.

“No relatório nós apresentamos todas a ações desencadeadas por todos os órgãos ambientais, como Ibama, Icmbio e Semar, ou até mesmo pelo Exército e Corpo de Bombeiros. O documento aponta uma grande quantidade de óleo que chegou ao estado, mais de 4 mil toneladas”, contou o comandante.

Limpeza no Delta

Delta do Parnaíba — Foto: Reprodução/TV Clube

Delta do Parnaíba — Foto: Reprodução/TV Clube

De acordo com o capitão Dante Duarte, o navio patrulha deve retornar à sede da Marinha nesta quarta-feira (20). Contudo, a Marinha continua com o monitoramento e a limpeza no Delta do Parnaíba e nas cinco praias atingidas pelas manchas, sendo que três foram consideradas impróprias para banho.

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Durante monitoramento na região, um representante do Icmbio que participou do voo avaliou de forma preliminar e estimou a presença de aproximadamente 1 tonelada de material oleoso no Delta do Parnaíba. O comandante da Marinha explicou que a limpeza na região segue uma logística diferente de uma praia.

Manchas de óleo no Delta do Parnaíba — Foto: Reprodução/TV Clube

Manchas de óleo no Delta do Parnaíba — Foto: Reprodução/TV Clube

“As manchas de óleo no Delta é preocupante, porque é uma área de biodiversidade, de peixes, pescadores e pessoas que dependem daquela região para sobreviver. A limpeza da área é uma logística diferente de uma praia. Ali o acesso é dificultado, porque precisa de uma embarcação para levar”, explicou.

Todo o óleo recolhido no Litoral do Piauí tem sido guardado em um local reservado, ao cuidado das prefeituras dos municípios afetados. Conforme a Marinha, as amostras enviadas ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira confirmaram que o material encontrado nas praias do Piauí é de óleo cru, o mesmo que vem afetando toda a região Nordeste.

Manchas de óleo em animais

Caranguejo coberto de óleo em praia do litoral do Piauí

Caranguejo coberto de óleo em praia do litoral do Piauí

O pescador e catador Francisco Cirilo contou que a área de mangue do Delta do Parnaíba não foi atingida pelas manchas de óleo, no entanto, ilhas próximas foram encontrados fragmentos. Segundo ele, catadores relataram ter visto caranguejos sujos de óleo.

“A pesca está proibida devido a piracema [período de reprodução dos peixes] e nossa segunda atividade é catar caranguejo. Se atingir toda a região do Delta vai ficar ruim para nós. Como vamos trabalhar? Se atingir tanto a pesca e o caranguejo, vamos sobreviver de quê? Na falta deles é o Seguro Defeso, mas ainda não saiu”, disse.

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O pescador espera que o problema seja resolvido logo e é a favor do decreto de emergência para liberação de recursos.

Fonte: G1
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