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Teresina foi a segunda capital mais quente do Brasil nesta terça-feira (19)

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A onda de calor que atinge o Brasil nestes dias já traz consequências preocupantes. Em Teresina, os termômetros chegaram a marcar temperatura máxima de 38,8 graus nesta terça-feira (19), o que colocou a cidade como a segunda capital mais quente do país no intervalo das últimas 24 horas. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet.

Acima de Teresina há somente a cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso, onde os termômetros marcaram 39 graus nos horários mais quentes do dia. Também figuram no ranking das cinco capitais mais quentes do Brasil nesta terça (19) as cidades de Palmas, com 38,4 graus, Manaus, que chegou a marcar máxima de 38,4 graus e Goiânia, cujas temperaturas chegaram a 36,3 graus. 

Com relação a Teresina, o Inmet aponta que a sensação térmica na cidade ultrapassou os 38,8 graus registrados nos termômetros. Por volta das 15 horas, considerado o horário de pico da alta de temperatura na capital, a sensação térmica beirou os 40 graus. Por volta das 16 horas, que também é considerado horário crítico de queda da umidade do ar, a sensação térmica chegou aos 40 graus com umidade caindo para próximo da casa dos 20%.

A previsão é que a onda de calor que se instala sobre o Brasil continue elevando ainda mais as temperaturas em todo o país, em especial em alguns estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Conforme aponta o Inmet, em Teresina, a sensação térmica pode ultrapassar os 40 graus até o sábado (23), com os termômetros marcando média de 39 a 40 graus nos horários mais quentes do dia. A baixa umidade contribui para que a sensação de calor aumente.

Essa alta de temperatura no sábado é explicada por um fenômeno chamado Equinócio de Primavera, no qual os raios solares atingem a Linha do Equador e se distribuem para os hemisférios Sul e Norte igualmente. Isso faz com que a onda de calor aumente, sobretudo nos municípios situados mais próximos da Linha, como é o caso de Teresina.

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O que é e como se forma essa onde calor?

A onda de calor que atinge o Brasil durante esta terceira semana de setembro é resultado do comportamento dos oceanos. Segundo explica o climatologista Werton Costa, os oceanos estão mais aquecidos em razão do El Niño, o que acarreta a formação de condições climatológicas propícias para o aumento do calor nos continentes.

“Quando aquece muito na costa do Pacífico, na América do Sul, todos os ventos que entram no continente são alterados. Não entra umidade, então aumenta o calor. O resultado são as ondas de calor. Eram fenômenos raros, mas que estão se tornando frequentes. Essa é a segunda onda de calor do ano, mas está mais potente que a anterior. A concentração, no entanto, é entre o Paraguai, Bolívia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Teresina, a oscilação de temperatura não é tão alta, mas vem acompanhada da baixa umidade, o que é potencialmente perigoso”, Werton Costa, Climatologista.

Em Teresina a situação é ainda mais preocupante, por causa da presença dos rios Parnaíba e Poti, que produzem bastante umidade e tornam o tempo mais abafado e quente em certos momentos do dia. Werton Costa lembra também que a pouca arborização da cidade em conjunto com a ampliação de áreas asfaltadas e com concreto criam um microclima ainda mais quente em Teresina.

Fonte: Portal O Dia

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