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Jaicós

Grupo de capoeira Cordão de Ouro realiza evento em comemoração aos 17 anos de atuação em Jaicós

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Em comemoração aos 17 anos de atuação no município de Jaicós, o grupo de capoeira Cordão de Ouro,  fundado em 27 de dezembro de 2000, realizou no último sábado (16) o evento  denominado “Iê galo cantou 2017”, que contou com a realização de aulas, caminhada, batizados e troca de cordões.

Além da Contramestre Maria José Dias, a Mazé, que é coordenadora do grupo, e demais integrantes do grupo, em Jaicós, estiveram presentes também o mestre Cezar Escravo, de Teresina, Contramestre Papão, mestrando Morais, e metre Pacú, ambos de Picos, mestre Genário, e outros mestres e professores dos estados do Ceará e Piauí.

Durante a programação, nos períodos manhã e tarde foram realizadas aulas de capoeira, que aconteceram no Centro de Convivência dos Idosos (CCI) e em seguida uma caminhada até a quadra Geraldo Matos Silveira, localizada no Centro da cidade.

Na quadra Geraldo Matos Silveira foi realizado dança afro, com a participação de integrantes da Companhia Cultural Icós, apresentações de Maculelê, Roda de capoeira, batizados e troca de cordão.

A contramestre Maria José Dias, emocionada, falou sobre a realização do trabalho em Jaicós, ressaltando as dificuldades e vitórias. “É uma emoção muito grande, porque não é fácil a gente realizar um trabalho como esse em uma cidade pequena. No dia 27 de dezembro do ano 2000 eu cheguei em Jaicós, vindo de Aracaju- SE, iniciei a capoeira nesta cidade sem conhecer ninguém, não foi fácil, mas logo conquistei essa cidade maravilhosa, onde vivi oito anos do grupo de capoeira “Mocambo”, onde ensinei os primeiros passos da capoeira a essas crianças que hoje já são homens profissionais. Não foi fácil chegar até aqui, mas sempre acreditei em minha pessoa. Hoje tenho uma história nessa cidade, Mazé da capoeira hoje é conhecida em várias cidades e até em outros países, e a cada dia me orgulho de ser uma capoeirista, pois a capoeira é minha filosofia de vida” disse ela.

Mazé também falou do orgulho que tem dos seus alunos do grupo Cordão de Ouro e disse que, infelizmente, a capoeira muitas vezes não é valorizada. “Consigo transmitir essa minha filosofia de vida para as minhas crianças e jovens. A capoeira a eles eu ensinei e com eles aprendi. Aprendi a ser essa profissional que hoje realmente sou. Me orgulho de cada um dos meus alunos, daqueles que hoje se dedicam e também me ajudam em outras cidades. Faço parte desse grupo “Cordão de Ouro”, a capoeira do mestre Suassuna, que é representada aqui no Piauí pelo mestre Cezar Escravo, a quem agradeço por tudo que me ensinou. 17 anos não são 17 dias, é uma história, mas que ,infelizmente, poucos valorizam,poucos acreditam no nosso potencial” finalizou.

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O mestre Cezar Escravo falou também sobre as dificuldades enfrentadas no trabalho com a capoeira. “Realmente, 17 anos não são 17 dias. A pessoa trabalhar com capoeira no Brasil, onde tudo se fala em crise e a cultura é relegada ao último plano é muito complicado. E a capoeira, ao mesmo tempo em que não é apoiada, ela agradece, porque não é a toa que a gente está em quase todos os países. Mas é complicado trabalhar com a capoeira, porque fora ela tem um valor bem maior e também é muito difícil trabalhar porque a gente vive um momento em que a sociedade não pensa no próximo, pensa mais em si. E todo mundo precisa de ajuda, de apoio, todos precisam ser valorizados e vistos por alguém. E o valor que se é dado hoje á capoeira é muito pequeno, deveria ser maior porque a gente é formador de opinião, estamos levando a ideia de uma cultura que transforma as pessoas em bons cidadãos, capoeira não forma capoeiristas, capoeira forma cidadãos, que é muito importante” disse ele.

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