JAICÓS | Em meio a problemas, tradicional missa no Morro dos Três Irmãos é celebrada; veja fotos

Católicos participaram neste domingo (03) da celebração de um dos mais tradicionais eventos religiosos do município de Jaicós, a Missa da Venerada Santa Cruz, que é celebrada há décadas no alto do Morro dos Três Irmãos, situado na zona rural, a cerca de 18 km da sede.

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A santa missa foi presidida pelo padre Manoel Moura, vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, auxiliado pelo diácono Edivaldo Santos, e acompanhada por milhares de pessoas que, numa demonstração de fé e devoção, enfrentaram o sol forte e a íngreme subida até o ponto mais alto do município para elevarem suas orações ao céu.

Além da população do próprio município, a Missa do Morro recebe romeiros de toda a região. Esse ano, quando a missa foi celebrada num dia de domingo, foi registrado um aumento no número de pessoas. Para muitos, dia de rezar e agradecer pelas graças alcançadas. Para outros, apenas um momento de turismo.

Em todos os momentos podem ser vistas manifestações de agradecimento. Acender velas, ofertar esculturas simbolizando partes do corpo, distribuir objetos religiosos, vestir roupas brancas, assistir a missa ajoelhado e assistir a missa de pés descalços são alguns dos gestos. Outros optam pelo sacrifício de fazer uma caminhada de cerca de 18 km, percurso entre a cidade de Jaicós e o topo do Morro.

A aposentada Mônica Maria da Conceição, de 83 anos, viajou dezenas de quilômetros entre a cidade de Vera Mendes e o Morro dos Três Irmãos. Ela chegou ao pé do morro no início da manhã e logo subiu as escadas. Por conta da idade, a aposentada assistiu grande parte da missa sentada junto ao altar, onde fez suas orações.

Problemas
Em meio  beleza do lugar e as várias manifestações de religiosidade, alguns fatores, porém, causaram transtornos à população, que reclamou da falta de infraestrutura. Com o crescimento do tradicional evento religioso, surge também a necessidade de melhorias para melhor receber os romeiros. O acesso ao topo do morro é precário e perigoso, o que dificulta e até impossibilitam a subida, principalmente de pessoas mais idosas.

O grande número de pessoas na única via de acesso causa tumulto e oferece risco aos romeiros. O portal Cidades na Net fez registros do problema. Em meio às dificuldades, muitos desistem e sentam pelo caminho. Outros se arriscam e tentam descer por outros caminhos. Pessoas relataram ter gasto o tempo de até 1 hora para descer.

Outro problema está na área de estacionamento. Não há espaço suficiente para abrigar todos os veículos e os motoristas são obrigados a estacionar seus carros nas margens da estrada vicinal. Com isso, o trânsito acabou sendo interrompido após a missa e as pessoas tiveram que esperar por mais de uma hora até que os veículos fossem retirados da estrada e o tráfego liberado.

A falta de policiamento, de equipes de saúde e ambulância também foi questionado.

Outro fato que chamou a atenção e causou revolta foi a comercialização de bebidas alcoólicas no topo do morro, onde é celebrada a missa. Ambulantes com caixas térmicas vendiam cerveja há poucos metros do altar.

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