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Mesmo com greve geral, escolas em Picos mantêm calendário anual do Estado

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Algumas escolas estaduais de Picos e de algumas cidades da macrorregião, como Monsenhor Hipólito, Geminiano e Santa Cruz do Piauí, aderiram à greve deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Piauí, no último dia 10 de janeiro.

De acordo com a 9º Gerência Regional de Educação, dos vinte e dois municípios que fazem parte da 9º GRE e suas cinquenta e três escolas, apenas 13 aderiram, de forma total ou parcial, a greve, a maioria em Picos.

Contudo, uma das escolas que não aderiu foi o Centro de Tempo Integral Vidal de Freitas. Segundo a diretora Maria da Cruz Cardoso Sousa, as aulas iniciaram hoje e seguirão o calendário escolar e que a tomada de decisão foi um consenso entre todos os docentes.

“Iniciamos nesta segunda-feira (17), como estava previsto no calendário escolar, as nossas aulas. Na semana passada, durante a formação pedagógica, decidimos, por unanimidade, que as aulas começariam hoje. Contudo, hoje recebi o comunicado de dois professores que vão aderir à greve, mas ressalto que isso não vai comprometer em nada no andamento das aulas. Os demais professores estão firmes e fortes no comprometimento das aulas”, disse a diretora.

Ela destacou que a decisão foi tomada pelos professores, e não pela escola, e que, as opiniões partiram dos pressupostos de que não há retorno em greve e que o aluno não merece ficar sem aula por tempo indeterminado.

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O professor de espanhol do CETI Vidal de Freitas, Mário da Costa, defendeu a ideia de se manter unido aos colegas de escola com a intenção de que as turmas não sejam fechadas pelo Governo.

“Eu gosto muito de ser unido com os companheiros. Muitas escolas que grevaram em oportunidades anteriores, perderam muitos alunos, que foram para outras escolas. Com a saída dos alunos, o Governo deu pressão e fecharam-se muitas turmas. Então a escola colocou a necessidade de não aderirmos à greve, por enquanto, para mantermos estes alunos”, declarou.

Já a escola vizinha, o Centro de Tempo Integral Marcos Parente, aderiu à greve. A professora de Geografia, Gláucia Cruz, disse que os pais dos alunos também apoiaram a proposta da greve.

“Aqui na escola houve adesão à greve. Tomamos essa decisão durante a semana pedagógica. Conversamos sobre os motivos da greve, foi feita uma votação e a maioria optou por participar do movimento grevista. Hoje houve uma reunião com os pais para informá-los que entramos em greve por tempo indeterminado, até que se resolva essa questão no Governo do Estado”, afirmou.

Segundo ela, 253 alunos estão matriculados na escola. Ela destacou ainda que a decisão foi comunicada aos pais e que todos apoiaram a proposta grevista, ao considerarem as condições que estão sendo exigidas.

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“A posição dos pais foi de total apoio aos professores. Os convidamos para explicar os motivos, a situação, e os pais têm sempre apoiado. Claro que eles demonstraram preocupação sobre o calendário escolar, mas tiraram suas dúvidas conosco e, ao fim da reunião, tivemos um posicionamento positivo da parte deles. Os pais confiam no nosso trabalho e reconhecem a importância desse movimento agora”, afirmou ela.

As escolas que aderiram à greve, segundo o Sinte, foram: CETI Severo Maria Eulálio, em Santa Cruz do Piauí; Pedro Evangelista Caminha, em Geminiano; CETI José Alves Bezerra, em Monsenhor Hipólito; Miguel Lidiano; Dirceu Mendes; CETI Marcos Parente; Premen; Teresinha Nunes; Francisco Santos; Jorge Leopoldo; Coelho Rodrigues; Petrônio Portela e CETI Mário Martins.

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