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MUNICÍPIOS

Projeto quer reorganizar PM-PI e garantir um policial para cada 200 habitantes

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O presidente da Associação dos Oficiais Militares do Piauí (AMEPI), coronel Carlos Augusto Pinho, apresentou ontem na Associação Piauiense dos Municípios (APPM) o projeto de lei que tem como objetivo a reestruturação completa da Polícia Militar do Piauí em todo o estado. O último projeto elaborado para regulamentação do trabalho da PM no Piauí data de 1985.

“Em todos os 105 municípios criados após 1985, a atuação da PM/PI não possui amparo legal. Acho que o estado do Piauí supõe que cada policial desse é um super-homem. Falta gestão, compromisso, respeito ao cidadão e valorização do policial”, declarou o presidente.

Ele destaca a situação de alguns municípios em particular, como Castelo do Piauí e Santa Cruz dos Milagres. Com o novo projeto, a situação seria diferente, segundo o coronel.

“Basta observar a situação de Castelo do Piauí, 18.466 habitantes, dois policiais, um para cada 9.233 pessoas”, destacou.

“Estive conversando com o prefeito de Santa Cruz dos Milagres e ele afirmou que sua cidade frequentemente recebe 30, 40 mil pessoas, e lá ele só conta com um único policial militar”, disse. A cidade é destino de peregrinação católica e todos os anos reúne milhares de fiéis.

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Em todo o estado, são cinco cidades com população variando de 2.800 a 7.700 habitantes que possuem apenas um policial militar. Além disso, pelo menos mais 30 cidades possuem somente dois militares.

O projeto

De acordo com o projeto, todos os 224 municípios do estado terão completo planejamento de atuação da polícia militar. De realocação de efetivo até previsão de necessidade de equipamentos.

“Observamos do ponto de vista da geografia do município, analisamos mapas, população e todos os outros aspectos sociais relevantes e de necessidade de segurança. Teresina e Parnaíba são as únicas cidades que serão pensadas do ponto de vista dos bairros”, informou.

O projeto prevê quantos policiais serão destinados para cada município com o objetivo de que cada cidade tenha um homem para cada grupo de cerca de 200 habitantes. Para isso, o efetivo teria que ser incrementado de 11.366 atualmente para 15.788.

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Outro ponto que o presidente destaca também é a mudança de critérios na promoção dos policiais, que passaria a ter aspectos objetivos. Além disso, um soldado poderia ter possibilidade de atingir o posto mais alto da polícia.

“Hoje os critérios são subjetivos, dependem de critérios políticos e questionáveis. Com o projeto seriam avaliados o condicionamento físico dos policiais, que é fundamental para o trabalho operacional, seria realizada uma prova escrita objetiva de conhecimento profissional e por fim uma prova de tiro. É impensável hoje um policial na rua que não saiba atirar”, destacou.

O PL já foi entregue ao secretário de segurança, Fábio Abreu, e deverá ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), para que seja votado. O objetivo da Associação é de que o texto seja apreciado ainda este ano.

 

Cidade Verde

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