POLÍCIA
Golpes virtuais aumentam 40% no Piauí; saiba como se prevenir
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) apontam que número de pessoas vítimas de crimes virtuais aumentou 40% em 2024, se comparado com o mesmo período do ano passado.
Com uma maior circulação de usuários na internet e os meios de comunicação mais assertivos quanto a conexão na rede mundial de computadores, os criminosos digitais tendem a buscar mecanismos diversos para localizar possíveis vítimas.
Segundo a SSP-PI, entre janeiro e abril de 2023, foram registrados 1.057 boletins de ocorrência relatando algum tipo de crime virtual no Piauí. No mesmo período desse ano, as forças de Segurança Pública registraram 1.510 boletins. Um crescimento de 40% no período pesquisado.
Reprodução/GoogleGolpe
Para o delegado Humberto Mácola, titular Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), a tendência é que os crimes virtuais, também chamados de crimes cibernéticos, aumentem com o passar dos anos. Isso porque, segundo ele, os usuários estão mais conectados pela facilidade proporcionada pelas novas tecnologias.
“Temos observado um aumento do número de BOs e denúncias envolvendo o crime cibernético. Nós temos a certeza que a tendência desse crime é que seja mais cometido, porque a popularização da internet e a busca por serviços na rede mundial de computadores tem aumentado. As pessoas vão procurar desde financiamento de veículos, relacionamento interpessoal, abertura de contas bancárias, e-commerce… o criminoso aproveita para tentar se colocar entre esses serviços e o usuários da internet”, Del. Humberto Mácola, Titular da DRCI.
Ele destacou ainda que um crime muito comum na internet é o de estelionato. Mácola afirma que na maioria das vezes o criminoso se apresenta como uma pessoa interessada em relacionamentos, por exemplo, até de fato atrair a vítima para um crime jamais imaginado.
“Temos o chamado estelionato amoroso que já acontece muito em Teresina. É um golpe um pouco mais elaborado, leva um tempo maior de investigação, a pessoa passa às vezes até um ano conversando com o golpista até que ele faz a abordagem financeira dizendo que está passando por dificuldades ou até mesmo que vai enviar um presente para a vítima”, observa o delegado.
Assis Fernandes/O DIA
Por fim, o delegado-titular da DRCI elenca algumas medidas de segurança necessárias para que o usuários não caia em golpes virtuais.
“O usuário precisa se cercar de uma segurança digital apurada. Desde a pandemia, o indivíduo é pego de surpresa, e o criminoso ele sabe disso. Mas nesses quatro anos, os usuários têm se precavido mais, tem uma atenção maior, mas isso precisa ser ampliado. Desconfie de tudo. Não realize transferências bancárias para pessoas que você não conhece, converse com sua família e pessoas experientes em tecnologia, ou até mesmo procure a DRCI, pois também temos um trabalho de prevenção a esses crimes virtuais”, finalizou.
Fonte: Portal O Dia
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