Juiz nega pedido de liberdade para acusado de feminicídio que alegou “medo” de coronavírus na prisão

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) negou o pedido de liberdade provisória ao mecânico Raimundo Pereira Neto, acusado de assassinar com 26 facadas a esposa, a professora Selene Veras Roque em no litoral do Piuaí, em 2018. Em março, a defesa do acusado alegou que a manutenção da prisão do homem poderia colocar a vida dele em risco. O argumento é de que Raimundo estaria exposto a contaminação pelo coronavírus, devido superlotação na prisão.

A decisão foi juiz  da Vara Única da Comarca de Luís Correia, Willmann Izac Ramos Santos e foi assinada na sexta-feira (17/04). O magistrado concordou com o parecer do Ministério Público do Piauí (MPPI) de que Raimundo Pereira Neto não está entre aqueles do grupo de risco. Portanto, não sendo o acusado idoso ou portador de doenças crônicas o juiz decidiu pela manutenção da pena.

No documento, o juiz Willmann Izac Ramos Santos escreve ainda que o processo se encontra pronto para julgamento, com a sessão de julgamento pelo Plenário Popular do Júri marcada para o dia 18 de maio de 2020.

“A defesa não consignou se o réu se encontra entre o grupo de risco, pois não sendo ele idoso ou portador de quaisquer doença crônica, a sua segurança, em termos relativos, não está comprometida, de tal sorte a fundamentar a concessão de sua liberdade provisória”, decidiu.

O CRIME

Selene Veras Roque foi morta com 26 perfurações de facão dentro da cozinha da própria casa onde morava com o marido.

O crime teria acontecido após Raimundo Pereira Neto ter buscado Selene Veras em uma universidade de Parnaíba, cerca de 70 km distante da residência do casal.

Fonte: Oito Meia