Deputados realizam sessão e lamentam tumulto na Assembleia

Com os ânimos mais calmos, o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Themístocles Filho (PMDB), abriu a sessão desta quarta-feira na Casa só no começo da tarde. Para ter acesso ao plenário, os parlamentares precisaram ser escoltados pela tropa de choque da Polícia Militar. Já em seus assentos, só restou aos deputados lamentarem o tumulto ocorrido por conta da tramitação da PEC que limita os gastos públicos.

O deputado estadual João Mádison (PMDB) definiu a manifestação como um desrespeito ao poder Legislativo. “Não havia necessidade de agir da forma que agiram. Nós acabamos de conseguir uma posição que todos acataram. É muito preocupante o que aconteceu hoje. Foi um desrespeito à Assembleia e aos parlamentares”, disse.

Julio Arcoverde (PP) foi mais além e disse que o “desrespeito foi com o povo”. O parlamentar destacou ainda que os deputados não podem ser pressionados. “Foi um desrespeito ao povo, ao patrimônio público. Essa casa não pode ser pressionada pelos movimentos. Tem que ser livre para votar com consciência e responsabilidade”, afirmou.

Para o peemedebista Severo Eulálio, o tumulto foi inconveniente, no entanto, defende uma discussão mais ampla da matéria. “Vivemos um momento de tensão no gabinete e foi inconveniente o que passamos, só que, por outro lado, acho conveniente que a proposta seja mais amplamente discutida com as categorias. Eu reafirmo que sou a favor do servidor”, declarou.

A deputada Liziê Coelho (PTB) disse que a ação foi “totalmente desnecessária”. “Não precisava agir com violência, prepotência e truculência”, opinou.

Já a deputada Flora Izabel (PT) disse que os parlamentares ficaram sitiados.

“A verdade é essa. Não tem motivo para terem feito o que fizeram, da forma como fizeram, mas como da base do governo, quero ressaltar que a PEC não prejudica o servidor. Se o governo está propondo é porque de alguma forma ela será benéfica para o estado”, concluiu.

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