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PATOS | Sessão na Câmara Municipal é marcada por embates na tribuna. Veja!

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O vereador Adalberto José Lopes presidiu, no último sábado (7) mais uma sessão ordinária no plenário da Câmara Municipal de Patos do Piauí. Sem matérias em pauta, a sessão foi marcada por discursos acalorados entre os vereadores José Hélio dos Santos (Helinho – PDT) e Luiz Evaristo de Sousa (Luizinho – SDD).

Helinho, líder do prefeito na Câmara, foi o primeiro a ocupar a tribuna da Casa. O parlamentar relatou que ele e sua família têm sido perseguidos pelo vereador Luiz Evaristo. “O nobre vereador Luizinho vem algum tempo tentando denegrir a minha imagem como político. Primeiramente, moveu uma ação contra um filho, logo em seguida, faz denúncia contra minha esposa, depois vem até a mim e levanta um falso testemunho, denunciando que na minha gestão o projetos de lei que vinham para esta Casa não passavam pelas Comissões. Hora, senhor presidente, todas a leis que passaram por esta Casa tramitaram legalmente pelas duas Comissões”. Helinho garante que, quando presidiu a Casa, fez uma gestão pautada na legalidade.

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Ao rebater a denúncia, Helinho afirmou que o vereador Luizinho faltou reuniões das Comissões. “Vossa Excelência não participava das reuniões das Comissões, ninguém conseguia falar com Vossa Excelência. Quantas sessões Vossa Excelência faltou nessa Casa? Se fosse uma pessoa do seu tipo, eu tinha feito alguma coisa, mais deixei pra lá. Chegou a faltar quatro sessões consecutivas, o que regimento não permite, e nunca denunciei Vossa Excelência”. Em outra denúncia junto ao TCE, segundo declarou Helinho, o vereador Luizinho questionou subsidio dos vereadores. “Eu não sei no que ele se baseia. Como é que vou prever o subsídio dos vereadores se quem faz o repasse do dinheiro é a prefeitura?”, indagou. Vereador do PDT afirmou que todas as suas contas foram aprovadas pelo Tribunal. “A única coisa que tem é essa denúncia que ele fez e vou provar que nada disso é verdade. Eu tenho toda essa documentação para enviar, como enviei as outras”.

Helinho definiu as denúncias feitas contra ele como “injúrias e calúnias” e pediu respeito à sua família. “Quero lhe dizer ante mão: brigamos no campo jurídico, agora peço a Vossa Excelência que respeite a minha família”, disse. Ao concluir seu pronunciamento, Helinho disse que também denunciou o vereador Luiz Evaristo no Tribunal de Contas. “Eu também fiz, mas baseado em fatos, em documentos. Vossa Excelência se acha um expert, que é superior a qualquer outro vereador, mais inteligente. A política não é feita por homens tem um interesse de prejudicar as pessoas meramente por prejudicar, e no final das contas, quando tudo isso chegar ao fim, com certeza vai sobrar um processo para Vossa Excelência, por danos morais”.

O vereador Francisco Oseias (PTB), foi o segundo a ocupar a tribuna. O parlamentar se ateve a outros assuntos relacionados à segurança pública, abordados na sessão anterior. “Com relação aos acontecidos no povoado Cajueiro, nos deixa preocupados. Eu repito aqui: a polícia tem consciência disso. Não precisa nem denunciar, eles estão vendo. É uma questão mesmo de bom senso deles [da polícia]”, disse. O parlamentar discordou da alegação da polícia em não agir por conta do pequeno número de policiais, e sugeriu que fosse solicitando reforço para a realização das diligências. “Sábado eu cheguei no Cajueiro umas dez horas da noite e estava uma viatura na Praça. Parece que prenderam duas motos, e no domingo foi umas das feiras mais sossegadas. Não se viu movimento nenhum, ou seja, o pessoal que faz essas badernas se intimidaram com a polícia”, disse. Segundo o vereador, o povoado vive um momento difícil.

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Em outro momento, o vereador reivindicou que o governo municipal dê respostas aos requerimentos, solicitações e projetos. “Não vejo respostas, se foi sancionado pelo prefeito, se foi vetado, porque dessa forma não temos motivação para fazer projetos. Eu mesmo fiz alguns nunca tive resposta, nem andamento, o que acho que é uma coisa negativa”.

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O vereador Antônio Rufino (PP) ocupou a tribuna para falar sobre as ações do governo municipal, mesmo com a crise financeira que castiga o município. “Quero aqui falar a respeito das dificuldades que o município se encontra. Apesar disso, algo está sendo feito”, disse, citando um projeto para calçamento que foi liberado. Tonhão, como é conhecido, afirmou que o prefeito tem a intenção de trabalhar, no entanto, tem sido limitado pelas dificuldades por conta da queda dos recursos.

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O vereador Saulino Reis (PSDB) reforçou o pronunciamento do vereador Francisco Oseias, relacionado à segurança pública no povoado Cajueiro e também comentou sobre os projetos e reivindicações feitas na Casa, salientando que o prefeito tem atendido às solicitações dos vereadores. “Nunca um prefeito atendeu tanto aos pedidos dos vereadores da oposição”, disse, citando como exemplo um caso recente em que o vereador Cornélio reivindicou que fosse feito um reparo na escola da comunidade Umbuzeiro, serviço que foi realizado. “O que o município pode, está sendo feito, aos poucos, pois a Prefeitura não tem condições de fazer tudo. É muito diferente das outras administrações, pois cansei de ver os colegas dizer estão fazendo apenas da situação, e agora, todos são atendidos”. Saulino encerrou pedindo que os vereadores deixassem questões políticas e pessoais fora da Câmara. “Esta é uma Casa de projetos, de futuro e é uma Casa pra ter paz. Então, eu queria pedir aos colegas vereadores que deixassem certas coisas de lado e nos unir para enfrentar a crise que tem em nosso município, e não criar mais problemas. Vamos ter paz nesta Casa”.

O líder da oposição na Câmara, Wilson Vieira (PTB), em seu pronunciamento, direcionou aos vereadores da base aliada ao governo municipal, cobranças da recuperação dos poços tubulares. Segundo ele, o poço da comunidade Algodões está com problema. “Nas gestões passadas, recebia muita cobrança quando um poço passava 30 dias quebrado, hoje no município tem poço quebrado há 11 meses [na comunidade Serra] e não vejo nenhuma providência”, disse. O vereador fez cobranças relacionadas aos vencimentos, 13º salário e terço de férias dos professores.

Apesar de não ter participado, Wilson comentou sobre a Audiência Pública, ocorrida no dia 17 de outubro, e saiu em defesa do vereador Luizinho, adiantando que o mesmo iria apresentar documentos que comprovam que o mesmo não é o autor de todas as denúncias relacionadas a ele.

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Wilson manifestou votos de pesar pelo falecimento do senhor Amadeus Eliótorio Vieira, que é pai do padre Marcos Roberto, que permaneceu por uma semana na Paróquia de Patos organizando a acolhida do novo padre. “Quero, também, dar as boas vindas ao nosso novo pároco, o padre Edivaldo. Que ele traga uma direção espiritual para nossa cidade”, disse. Wilson também comentou sobre a segurança pública e agradeceu o empenho do capitão Felix, pelo empenho em melhorar os serviços no território da 3ª Companhia de Jaicós, com a chegada de 20 novos policiais para região de Jaicós. “Acredito que isso vai melhorar segurança. Esse é um trabalho que a gente espera da polícia, agora com efetivo maior. Pode não é o suficiente, mas para dá para amenizar, melhorar um pouco. Então, quero dar meus parabéns pelo empenho em buscar melhorias para nossa segurança”.

O vereador Luiz Evaristo (SSD) ocupou a tribuna e fez um longo pronunciamento e esclareceu sobre as denúncias às quais foi apontado como autor. Luizinho afirmou que não foi o autor das denúncias contra os servidores Raimundo Leopoldo e Goretti Teixeira. O parlamentar relatou que foi a Teresina, no Tribunal de Contas, em busca de informações. “Preferi não responder o prefeito na audiência porque eu gosto de falar quando tenho provas em mãos. Pensei que pudesse ter sido alguém que tivesse usado meu nome para fazer a denúncia, por isso, preferir me calar e esperar a verdade”.

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Em outro momento do seu pronunciamento, Luizinho reconheceu que fez denúncias contra a Prefeitura e Câmara. “Realmente tem a denúncia contra a Prefeitura, tem a denúncia contra as senhora Janete. O que eu faço eu não nego nem na beira do fogo e nem dentro d’água”. Com relação à denúncia contra a Câmara, o parlamentar também assumiu a autoria. “Naquela sessão, quando o projeto foi votado, eu saí da tribuna dizendo que ia recorrer, e fiz a denúncia. Está lá, se julgar a favor bem, se não julgar, a denúncia foi eu que fiz”. Com relação a denúncia que trata do subsídio dos vereadores, contra a esposa do vereador Helinho e a Prefeitura, Luizinho negou que seja o autor. “Se alguém fez, não fui eu. […] Assumir uma denúncia sem eu ter feito não sou obrigado. Se quisesse denunciar Vossa Excelência, tinha muitos casos mais fáceis de denunciar”, disse.

O presidente da mesa diretora da Casa, Adalberto Lopes (PP), foi o último a se pronunciar. O vereador lamentou os fatos e os pronunciamentos feitos na sessão. “Saio daqui muito triste, porque a população não veio à Câmara para ouvir palavras de baixo calão, vieram aqui para ouvir propostas de melhorar o nosso município”, disse. O presidente cobrou o cumprimento do Regimento Interno da Casa e postura dos vereadores. Adalberto declarou que não quer que assuntos que cabem à Justiça sejam discutidos na sessão.

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Ao final, Adalberto informou que o problema dos poços tubulares, que havia sido citado pelo vereador Wilson, já foi sanado. “O problema não é com a bomba, é na energia”, disse. Sobre a diferença salarial dos professores, o presidente também informou que será pago no mês de dezembro. E finalizou convidando a população a assistir os trabalhos legislativos. “E aqui senhores, mais uma vez eu me dirijo a vocês para que venham assistir a próxima sessão para ouvir as propostas, coisas positivas que temos a dizer, porque somos legítimos representantes de vocês”.

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Mais fotos da sessão:

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