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De parque aquático à referência de lifestyle, Potycabana se reconstrói

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O Parque Potycabana é o destaque de hoje (7) na série de reportagens especiais que O DIA publica esta semana, revisitando locais e pessoas que tiveram suas histórias retratadas nas páginas do impresso. O espaço, inaugurado como parque aquático em setembro de 1990, pelo governador Alberto Silva, enfrentou enchentes, desabamento do dique e abandono até que, após reforma, hoje é utilizado pela população como espaço de lazer e prática esportiva.

O projeto inicial do parque foi idealizado pelo piauiense Gerson Castelo Branco e tinha 9.000 m², cotando com praias artificiais, piscinas de recreação, piscinas com ondas artificiais, tobogãs, brinquedos aquáticos, quadras poliesportivas (vôlei, basquete e futebol de salão), pistas de jogging e de skates, além de um palco ao ar livre, bares, restaurantes e capacidade para receber 50 mil pessoas por dia.

Essa foi considerada uma das obras mais importantes de Alberto Silva e que tinha grande visitação, principalmente da classe popular. O espaço era referência em lazer aos finais de semana e considerado um dos maiores locais de realização de eventos culturais em Teresina até o início dos anos 2000, quando o parque foi perdendo espaço e popularidade, chegando a ficar desativado.

Em 2004, com o parque aquático inativo, a administração do local passou para a iniciativa privada. Somente em 2008, quando o contrato encerrou e não foi renovado, a estrutura retornou ao Governo do Estado. No ano seguinte, em 2009, o governador Wellington Dias iniciou a reforma do Parque, após o lugar ficar bastante comprometido com as fortes chuvas e parte do muro desabar por conta das cheias do Rio Poti.

Com o rompimento parcial do dique de contenção das águas, as obras foram adiadas e retomadas posteriormente com a reparação do dique, de banheiros do setor de administração, muretas de proteção e do estacionamento.

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“A Potycabana atende às necessidades da população”

O Parque Potycabana está na memória de muitos teresinenses como um local de lazer aos finais de semana. Como principais lembranças estão as piscinas e tobogãs, que eram visíveis mesmo de longe. No auge do parque, diversas famílias se deslocavam de suas casas até o espaço para passear, tomar banho nas piscinas e se reunir com os amigos.

A professora aposentada Elizabeth Leal é da cidade de Valença, no Sul do Piauí, e mora em Teresina há 10 anos. Ela, que nunca frequentou a Potycabana na época do parque aquático, destaca que as mudanças pelas quais o local passou permitem que, hoje, ele atenda aos interesses das pessoas. Elizabeth acredita também que é mais vantajoso e barato para o Estado manter o espaço com essa estrutura atual.

“É um custo alto manter piscinas, tobogãs, ter pessoal para tratar as águas e ter segurança para ninguém se afogar. E com a mudança da proposta, a Potycabana consegue atender às necessidades da população, pois, além de oferecer o lazer, está adaptada para as nossas necessidades hoje, que é cuidar do corpo”, explica. A educadora física Alana Carneiro conta que visitava o parque aquático quando criança e divertia-se muito com sua família. “O parque era amplo, oferecia momentos de diversão para os teresinenses que, na época, não tinham outra opção de lazer, sobretudo aos finais de semana”, conta.

Ela acredita que o declínio do parque ocorreu devido às prioridades das pessoas, que foram mudando ao longo do tempo. “O parque era bom antes, apesar de ter ficado abandonado um tempo. Mas depois que passou pela reforma, ficou muito melhor. Naquela época, o cuidado com a piscina não era tanto e transformar esse espaço em um lugar que as pessoas podem correr e fazer atividade física é muito mais vantajoso”, cita.

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Alana Carneiro ainda pontua que o parque aquático era liberado para uso somente aos domingos e, atualmente, a Potycabana é aberta das 5h às 22h, com espaço amplo para passeio, corrida, jogos, entre outras atividades, além de atender a todos os públicos e idades.

A técnica em enfermagem Francisca Sales também frequentava o Parque Potycabana quando ele ainda possuía piscinas. Ela relata que, na época, esse era o único local de lazer de Teresina, o que fazia com que o espaço estivesse sempre lotado. “Antes, se cobrava uma taxa para entrar, podia trazer bebida, não tinha muita segurança e policiamento como tem hoje; então, com o público maior, acaba perdendo-se o controle”, diz.

Para ela, depois de anos fechado e sem utilização, reformar o Parque Potycabana e entregá-lo à sociedade com diversas opções de atividade foi o melhor presente que os teresinenses puderam receber. “Sem dúvidas, hoje está muito melhor, porque aqui nós podemos fazer de tudo. Aqui é um lugar familiar, que as pessoas se reúnem para passear, praticar algum esporte, com uma boa estrutura, conservada, com segurança, diferente de antes”, finaliza.

Por: Isabela Lopes – Jornal O Dia

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