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GERAL

Agroecologista Sebastião Pinheiro faz alerta sobre o uso de agrotóxicos no campo

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Os territórios dos pequenos agricultores familiares está sendo contaminado e
desestruturado pelo uso dos agrotóxicos na lavoura. O alerta foi feito pelo
engenheiro agrônomo e florestal Sebastião Pinheiro, 75, em entrevista à rádio
comunitária Quilombo FM na última sexta em Campo Grande do Piauí.

Durante a entrevista concedida à diretora da rádio, a líder comunitária Antônia
Vieira, Pinheiro assegurou que o veneno usado na lavoura é um instrumento
contra o agricultor familiar. Segundo ele, existem pesquisas que comprovam
que o agrotóxico é passado de mãe para filhos que, após o nascimento vão
desenvolver algum tipo de câncer. “É preciso construir uma agricultura nova,
como faziam nossos avós, bisavós e tataravós, onde a vida era respeitada”,
disse ele, acompanhado do técnico da EMATER de Campo Grande do Piauí,
Francisco James.


As informações são endossadas por um estudo publicado pelo Movimento dos
Pequenos Agricultores (MPA Brasil) e pelo jornal Diário de Pernambuco.
Segundo a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, cada
brasileiro consome anualmente mais de 7 litros de agrotóxicos através dos
alimentos e da água.

Os dados contradizem o apelido de que o “Agro é pop”.
Dados do Siságua, Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano, revelaram em 2017 que um em cada quatro
municípios brasileiros tem agrotóxicos na água. Além disso, o problema está
crescendo: os testes com agrotóxicos na água subiram de 75% em 2014 para
impressionantes 92% em 2017.

Considerado um dos grandes intelectuais do movimento agroecológico,
Pinheiro tem dedicado sua vida aos estudos sobre o meio rural brasileiro,
sendo autor diversas publicações sobre agrotóxicos, biotecnologia, agricultura
orgânica e agroecológica, dentre outros. Para ele, é necessário que o pequeno
agricultor se organize através das associações e organizações que possam
oferecer o apoio necessário para o seu desenvolvimento. Sebastião disse
ainda que o Brasil tem muito o que ensinar a grandes produtores agrícolas
mundiais com a agricultora baseada no modelo indígena e quilombola.

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Fonte: ASCOM

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