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Defensora flagra fórum sem juiz e aciona a Corregedoria do TJ-PI

Publicado

10 anos atrás

4 de março de 2014

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Um flagrante vergonhoso nesta segunda-feira de Carnaval. Uma defensora pública flagrou o Fórum Civil de Teresina sem juiz de plantão. A defensora Viviane Setubal foi até o fórum ingressar com pedido de liminar para a internação de emergência de uma aposentada de 87 anos que está com AVC (Acidente Vascular Cerebral). A aposentada é de Inhuma e está há cinco dias tentando vaga em UTIs de Teresina.

A defensora chegou por volta das 8h no fórum e até às 11h30 aguardava um despacho. Sem resposta, ela foi até o prédio do Tribunal de Justiça do Piauí, que fica em frente ao fórum, procurar telefones para ter uma explicação. Chegando ao prédio foi informada que o corregedor Francisco Paes Landim estava de plantão em sua sala.

Viviane Setubal informou ao corregedor que buscava um despacho de urgência. De sua sala, o corregedor Francisco Paes Landim ligou para vários juízes e conseguiu que o magistrado João Henrique através de portaria pudesse analisar o pedido.

“É uma situação inusitada. Desde o início do ano foi designado previamente os plantões, inclusive para os cartórios. Vamos ouvi o juiz que faltou para que ele preste as informações necessárias”, disse o corregedor, que teve que baixar portaria para que o pedido de defensora fosse analisado.

“Quando eu soube que o corregedor estava de plantão em plena segunda-feira de carnaval eu disse: não acredito. Graças a ele seremos atendimentos”, disse a defensora.

O corregedor ressaltou que fez plantão no sábado e estará trabalhando todos os dias de carnaval.

A professora Erisnalda Maria da Silva contou ao Cidadeverde.com que está dede o dia 25 de fevereiro numa maratona em busca de internação da mãe, a aposentada Acelina Raimunda da Silva, 87 anos. A aposentada está internada no HUT (Hospital de Urgência de Teresina).

“Fui informada pelos médicos, enfermeiros e servidores do HUT que pela idade da minha mãe ela não terá preferência na UTI e que a prioridade é para os pacientes jovens”, disse a professora.

Ao saber da norma, a filha procurou a defensoria para tentar um atendimento.