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Dnocs monitora o nível e raciona o uso de água das barragens piauienses

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O Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (Dnocs) está racionando o uso de água em 35 barragens no Piauí administradas pelo órgão. O coordenador do Dnocs, Djalma Policarpo, confirmou crise hídrica e informou uma série de providências sendo adotadas juntamente com a Agência Nacional de Águas (ANA), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural (SDR), junto com a Codevasf e as prefeituras, de forma articulada, para manter e operacionalizar melhor o uso das barragens. “Nesse momento, estamos fazendo o monitoramento e racionamento da água dos reservatórios”, adiantou Djalma Policarpo.

De acordo com o coordenador, está havendo uma orientação às comunidades para trabalhar melhor o uso da água, fazendo racionamento. “Estamos dialogando para o gerenciamento adequado e democratização da água. Estamos visitando os reservatórios e adotando medidas para recuperar e manter as barragens de forma a melhorar esta estrutura. Já estivemos em Paulistana, Bocaina, São Raimundo Nonato, Pedro II e Picos”, adiantou.

As visitas levaram a constatar que o nível dos reservatórios é critico e existem dificuldades para manter o abastecimento de água às famílias. “Os níveis são críticos e os técnicos estão monitorando isso. A média geral é de 30% da capacidade das barragens. Em algumas chega a 12%. Nisso o consumo fica comprometido pela qualidade da água. Temos dificuldades e estamos tentando fazer o que é possível, priorizando o consumo humano. Ainda estamos tentando fazer adequações com base no diálogo com as comunidades”, informou o coordenador do Dnocs no Piauí.

Para fazer o racionamento de água, o Dnocs contra com apoio das prefeituras, do Ministério Público e de órgãos como Semar, Codevasf e SDR, e trabalha frentes como adutoras e poços para garantir o abastecimento das famílias no Semiárido. “Fazemos ver que tem que haver parcerias e ações efetivas para a convivência com a estiagem. Temos a perfuração de poços de forma emergencial em pelo menos 50 municípios. Por exemplo, em Pio IX, a situação é péssima, por isso temos que ter alternativas para o abastecimento”, argumentou Djalma Policarpo.

Ele advertiu que para manter o homem no campo é preciso ter água e garantias de alimentos, sobretudo para quem vive no regime de plantio de subsistência. “Temos que adotar medidas para assegurar o abastecimento humano, mas também não podemos prejudicar os irrigantes e ribeirinhos destas barragens. É um dilema para o racionamento. Em Picos, se faz irrigação por inundação com o barramento do Rio Guaribas, mas tem gente que fica com água e outros não. Temos que atuar de forma articulada para melhorarmos isso. Tem que ser um trabalho efetivo”, assinalou.

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A fiscalização para garantir o racionamento e a democratização da água vai passar ainda pelo esclarecimento das famílias que vivem as margens dos reservatórios e pela ação das prefeituras, MP, e secretarias e órgãos afins. “Se não fizermos isso vamos ter sérios problemas e o colapso no abastecimento humano. A partir de 2016 estaremos numa situação critica, caótica, em vários reservatórios, pior do que estamos vivenciando agora.

A situação já é critica em vários municípios e temos que ter alternativas para atuar emergencialmente. Temos reservatórios que estão há 40 anos sem manutenção e sem operacionalização. Com a batimetria que está sendo feita constatou-se ainda que houve assoreamento e comprometeu a capacidade dos reservatórios e a qualidade da água. Verificamos que os açudes que achávamos que eram plurianuais, agora são anuais e dependem de recarga. Eles não tem mais a capacidade que tinham”, finalizou o coordenador do Dnocs.

 

Portal AZ

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