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Piauí pode ganhar 14 hospitais regionais

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Uma reforma hospitalar para todo o Piauí, com 14 hospitais regionais com mais de 100 leitos cada um e o Pronto- Socorro de Teresina (HUT) tendo hospitais de bairros como retaguarda, com boa resolutividade. Sonho? Não, pelo menos se depender do projeto de “Compromisso de Socorro Público” protocolado na Assembleia Legislativa pelo médico Francisco Ramos, ao deixar o cargo de deputado estadual.

Trata-se da mais ampla e completa proposta de reforma hospitalar do Piauí e o Jornal Meio Norte teve acesso ao documento, que traz dados atualizados da saúde pública no Estado.

Segundo a Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde, hospitais com menos de 100 leitos são inviáveis na relação custo-benefício e não oferecem boa resolutividade. Aí está um dos principais problemas do Estado. Fora Teresina, apenas Campo Maior e Picos têm hospitais assim, com mais de uma centena de leitos. E Campo Maior só alcançou esse patamar agora. Parnaíba, por exemplo, a segunda maior cidade piauiense, com 150 mil pessoas, tem 90 leitos apenas.

A ideia é agrupar os leitos existentes nos municípios de cada região na principal cidade, a cidade-polo, de forma a evitar que os doentes continuem migrando para Teresina e tornando a rede pública inviável na capital. Faz sentido. Os pacientes seriam atendidos nas cidades-polo com eficiência.

“São 14 hospitais regionais com resolutividade”, explica Francisco Ramos, que criou o Pronto-Socorro do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e se opõe à sua reabertura. “Ele deve ser um hospital de excelência em cirurgias de alta complexidade”, diz.

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E Teresina, onde o HUT virou caso de polícia e os doentes morrem nos corredores? O documento também apresenta proposta concreta, com mapa da cidade apontando inclusive a localização de cada um dos quatro grandes hospitais de bairros que servirão de retaguarda ao HUT.

Esses hospitais irão ficar no Promorar, Dirceu, Piçarreira e Mocambinho. Eles precisam ter estrutura adequada de funcionamento. Hoje, os doentes são levados ao HUT, mesmo em casos mais simples.

“É preciso fazer essa reforma com urgência. Eu me baseei em outro projeto, apresentado por mim em 1988, quando o HUT não existia. Ele foi atualizado”, explica o médico de 84 aos, 54 deles dedicados à Medicina.

Hoje, o governo estadual tem 1.138 leitos em Teresina, mais 106 de UTI. Já a Prefeitura conta apenas com 681 leitos, com 25 de UTI, o que mostra a ausência ainda do poder municipal da saúde.

Já o governo federal tem apenas 50 leitos, mais 5 de UTI. A previsão é que agora em abril esse número cresça, com a ampliação do número de leitos no Hospital Universitário da UFPI. Do jeito que está é que não pode ficar”, explica o médico Francisco Ramos, finalizando que a solução para Teresina é mesmo atender os doentes em suas cidades- polo. Parece simples. E é. Basta vontade política.

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Meio Norte

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