GERAL
Veja dicas para escolher o concurso certo
á pensou estudar por meses para o concurso dos sonhos em busca de um salário confortável e estabilidade para o resto da vida e, depois de tanto esforço, desistir? Focar em uma escolha que pode mudar a vida do profissional, e de quem está em volta dele, deve ser uma decisão acertada e uma leitura detalhada do edital é indispensável para cruzar o caminho certo.
Para a advogada e professora da área de concursos públicos de Campinas (SP) Juliana Alcoforado, muitos concursos podem ser ilusões de emprego perfeito e, diante do atrativo financeiro (principalmente), o profissional pode acabar fazendo a escolha, se dedicar, mudar a vida e depois se ver frustrado por não gostar do dia a dia da nova profissão. Assista à entrevista no vídeo acima.
“A função não está adequada com o seu perfil, a pessoa não se identifica com o trabalho e, às vezes não tem o mínimo de prazer realizando aquela atividade. E eu conheço gente que desistiu, simplesmente desistiu”, conta Juliana.
Em algumas situações, a escolha afeta a família, que muda até para outro estado para acompanhar o concurseiro sonhador.
“O cônjuge, que de repente tinha uma estabilidade no emprego, acaba deixando seu emprego para seguir a vida do outro. Filhos que saem de escola (…) e de repente vê que não é aquilo. A pressão do cargo é muito grande ou o local de trabalho não é interessante”, afirma.
Três leituras
Juliana destaca que cada edital deve ser esmiuçado e três leituras devem ser feitas para cercar as regras do “jogo” por todos os lados.
A primeira leitura é a “informativa”, onde o concurseiro identifica se, de fato, aquela oportunidade preenche o seu interesse e o seu perfil.
“Seria analisar em primeiro lugar o cargo, até para ver o nível exigido, médio ou superior, a remuneração e também o local de trabalho”, ensina.
A segunda é a leitura “decisiva”, importante para verificar a viabilidade do concurso. É o momento de dar atenção às fases, data, local da prova e, principalmente, o conteúdo exigido.
“Ele vai ver se se encaixa nas disciplinas que ele tem habilidade, que ele já está acostumado a estudar e, se não está, se ele tem tempo hábil para se preparar para essa prova”, explica.
A última leitura é a “estratégica”, indispensável para que o candidato se organize e prepare seu estudo. É a fase onde ele vai se inteirar da pontuação daquela prova, número de questões e o tempo de prova.
“Pela experiência e pelos relatos que a gente tem, posso falar com bastante segurança que muita gente não chega na terceira leitura e faz uma análise muito superficial do edital”, completa.
Atenção para as exigências
No meio das letras miúdas do edital, há exigências que, se não forem cumpridas, podem fazer o candidato perder tempo, além de gerar um estresse bem na hora de fazer a esperada prova.
A cor da caneta que deve ser usada, os documentos exigidos, se o mestrado e doutorado que o profissional tem contam pontos para o concurso escolhido, chegar o local da prova com antecedência, número real de vagas, e não só aquele “geral” que serve como chamariz, são alguns pontos que merecem atenção, segundo a professora.
Sem contar os cargos que possuem outras fases, além da prova, para a aprovação final. É o caso dos testes físicos, por exemplo.
“A pessoa passa anos estudando e esquece que não sabe fazer uma barra, não corre uma determinada distância, ou deixa para se rpeparar apenas quando vai para essa fase, e aí ela não tem mais tempo hábil para ganhar esse condicionamento físico”, afirma.
Fonte: G1
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