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Saúde

Pessoas com transtornos mentais correm mais risco de morrer por Covid-19

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Uma pesquisa feita pela Universidade de Umeå e pelo Instituto Karolinska, ambos na Suécia, descobriu que pacientes com transtornos mentais graves correm mais risco de morrer de Covid-19.

Entre os idosos com transtornos psicóticos, como esquizofrenia e transtorno bipolar, as chances de óbito por conta do coronavírus foi quatro vezes maior do que entre pacientes mais jovens com doenças psíquicas.

Entre os participantes com transtorno mental grave, 130 pessoas morreram de Covid-19 durante o período do estudo, o que correspondeu a 0,1% do grupo. Entre as pessoas que não foram diagnosticadas com problemas desta natureza, a taxa de mortalidade foi de 0,06%.

Os pacientes com transtornos mentais acima dos 60 anos de idade apresentaram taxa de mortalidade bem superior, quando comparados à população geral da mesma idade. Na faixa etária de 60-79 anos, a morte por coronavírus foi quase quatro vezes maior entre pessoas com transtornos mentais graves.

O estudo não incluiu pacientes com depressão e ansiedade, apesar de pesquisas recentes apontarem aumento nos casos desta doenças durante a pandemia. Para a coleta de dados e análise, os pesquisadores levaram em consideração transtornos mentais classificados como psicóticos, como esquizofrenia e transtorno bipolar.

O trabalho não apontou uma explicação exata para o fato de pacientes com transtornos mentais graves serem mais suscetíveis a falecer pela infecção por Sars-CoV-2. De acordo com Martin Maripuu, professor associado da Universidade de Umeå e um dos principais autores da pesquisa, distúrbios mentais graves podem levar ao envelhecimento biológico prematuro.

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Outra possível explicação, segundo Maripuu, é que as doenças mentais prejudicam a saúde e o sistema imunológico em geral, tornando este tipo de paciente mais vulnerável. “Também é possível que este grupo de pessoas tenha outros fatores de risco, como obesidade”, sugere o pesquisador. “É sempre importante abordar tanto problemas de saúde mental quanto físicos das pessoas com esses transtornos.”

Fonte: Metrópoles
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