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PICOS | Jovem é vítima de estelionato e polícia afirma que crime cresceu na cidade nos últimos meses

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A ocorrência de furtos de veículos e assaltos na cidade de Picos sempre foi algo de grandes proporções. Com o início da pandemia e tomada de medidas de isolamento, a frequência em que esses crimes acontecem aumentou, segundo informou o escrivão Lennon Luz, responsável pela comunicação da Polícia Civil.

Ele ressaltou que nos últimos meses aumentaram os crimes contra patrimônio, especialmente a denúncia de estelionato.

“Durante este período de pandemia observamos um crescimento nos crimes contra o patrimônio. O que já era alto na cidade, ficou ainda mais. Furtos, roubos e estelionato entraram para a lista de maiores casos denunciados. Houve, sim, com relação a esses crimes, uma tendência de crescimento, especialmente aumento no crime de estelionato. Dos três crimes citados, esse foi o de maior número de ocorrências”, declarou o escrivão.

Lennon Luz informou que a maioria dos casos de estelionato estão ligados ao saque do auxílio emergencial e pediu para que as pessoas tenham cuidado ao sacarem o benefício social.

“Esse crime teve uma elevação, sobretudo envolvendo saques do auxílio emergencial da Caixa Econômica Federal. Não podemos dar detalhes para não atrapalhar as investigações. Mas indicamos que a população nunca repasse cartão e senha para pessoas desconhecidas, que tenham cuidado ao sacar e que estejam sempre na presença de algum familiar ou pessoa de confiança”, aconselhou.

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O jovem H.R., 20 anos, foi uma das vítimas. Segundo a mãe do rapaz, E.R., com quem a reportagem do Cidadesnanet conversou, o filho nunca conseguiu receber uma parcela sequer do auxílio, pois teve o benefício roubado nos dois meses.

“A gente nunca conseguiu receber uma parcela sequer. Fomos roubados na primeira, aí cancelamos o aplicativo, por aconselhamento da Caixa. Depois, uma sobrinha tentou nos ajudar com a DataPrev e parece que o aplicativo foi reaberto e, na segunda parcela, o bandido levou. O dinheiro foi usado aqui em Picos e isso gera até medo, porque a pessoa que fez essa maldade é daqui”, disse E.R.

A mãe do jovem relatou ainda que o bandido realizou compras pelo aplicativo do filho de forma remota.

“Na primeira parcela, meu filho passou uma semana para ir buscar. Tentava usar o aplicativo e nunca dava certo. Fizemos o boletim de ocorrência de forma online. Depois fomos à central de flagrantes e descobri outras quatro pessoas lá com o mesmo problema. A pessoa ainda chegou a fazer compras pelo aplicativo de meu filho em duas lojas, pois apareceu pra gente essas informações. É de indignar essa situação”, disse com pesar.

O delegado responsável pelos crimes contra o patrimônio, Jônatas Brasil, informou de que forma a Polícia Civil tem conduzido as investigações no que se refere à sua competência, pois cada caso demanda uma diligência específica.

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“Orientamos a vítima para que registre o B.O. e preste as declarações com maiores detalhes ao delegado. Com isso veremos quais providências serão adotadas pois, se envolver a Caixa Econômica Federal, é com a Polícia Federal. A gente registra o B.O., mas será passado para eles. Se a vítima for uma pessoa física, é com a gente. Então, para cada caso, um tipo de providência. Caso o suspeito seja daqui, tomaremos as medidas para que essa pessoa restitua o dinheiro e seja responsabilizada criminalmente”, declarou o delegado.

Para não enfrentarem represálias, vítima e mãe decidiram não expor os nomes. A medida foi vista como necessária, também, para não atrapalhar as investigações.

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