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Com radares desligados, acidentes graves crescem em estradas federais no país

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A promessa do presidente Jair Bolsonaro, o desligamento de radares de fiscalização de velocidade, sob a justificativa de que há uma “indústria da multa” no país, foi cumprido à risca nas rodovias federais administradas diretamente pelo governo. Dados obtidos pelo GLOBO, por meio da Lei de Acesso à Informação, revelam que quase todos os equipamentos fixos em operação em janeiro nas vias foram desativados desde março.

Enquanto as estradas federais tiveram um “apagão” de radares, os acidentes graves — que registram mortos ou feridos — subiram nos sete primeiros meses do ano pela primeira vez desde 2011, quando o Brasil se comprometeu a adotar metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para tornar o trânsito seguro. Especialistas ouvidos pelo GLOBO avaliam que a alta dos casos graves é motivo de alerta porque, em geral, estão relacionados ao excesso de velocidade.

Entre janeiro e julho de 2019, o número de feridos graves também subiu em relação ao ano passado, de 10.141 para 10.436 registros. Rodolfo Rizzotto, do SOS Estradas, alerta ainda que, enquanto em 2018 houve queda de 17% no total de mortes nas rodovias, a redução este ano foi de apenas 1%, de 3.038 para 3.000 casos. Ele pontua que a maior parte dos radares fixos desligados ainda estava em operação entre janeiro e março, o que evitou impacto ainda maior.

— O desligamento dos radares coloca em risco quem vive à margem das rodovias. Na prática, estamos sem controle de velocidade nas rodovias federais porque sequer os policiais podem atuar. Os radares que estão operando funcionam por decisão judicial ou contratual — diz Rizzotto, ponderando que os dados não contabilizam o período após a proibição de que a PRF use radares portáteis.

Procurado para comentar o crescimento dos acidentes graves e dos feridos nas estradas, o Ministério de Infraestrutura não respondeu.

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Fonte: O Globo│Plantão Brasil


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