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PICOS | Aterro Sanitário do Val Paraíso será transferido para nova área, afirma SEMAM; veja fotos

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A Associação de Moradores do povoado Val Paraíso recebeu na noite de ontem, 06, membros da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos juntamente com a Secretaria Municipal de Serviços Públicos da cidade de Picos. A reunião teve início por volta das 19h30 na sede da associação da comunidade.

O objetivo da reunião foi tratar sobre um problema que há mais de cinco anos vem atingindo e causando graves problemas à saúde dos moradores e que também afeta o Meio Ambiente. Trata-se da existência de um Aterro Sanitário próximo a comunidade que funciona de forma irregular somado ao lixão a céu aberto.

A comunidade possui cerca de 500 moradores que diariamente sofrem com o nevoeiro de fumaça, provocado por queimadas desde o ano de 2013, época em que o depósito foi transferido do bairro Altamira para o Val Paraíso.

A presidente da Associação de Moradores da comunidade Val Paraíso, Rosilene Moura, iniciou a reunião através de discurso e destacou que as reivindicações foram válidas, pois a nova chefe da Secretaria de Meio Ambiente, atendeu ao chamado da população.

“Com os movimentos que fizemos, nós tivemos alguns êxitos e não foi em vão. Tivemos a presença de fiscais do Meio Ambiente no último domingo. Estamos entrando no acordo com novas reivindicações e eles estão apresentando aqui as novas propostas para solucionar o problema” destacou Rosilene

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“Nossa reunião aqui hoje é pacífica e vai ter oportunidade para todos falar de forma educada, sem tumulto. Cada um vai ter vez e voz aqui” disse a presidente.

Durante reunião, a secretária municipal de Meio Ambiente, Maria Santana, que recentemente assumiu a pasta, afirmou que o problema é gravíssimo. No entanto, afirmou também que o gerenciamento do aterro é de responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos e que a pasta também passou por mudanças.

“O gerenciamento do aterro quem faz é a Secretaria de Serviços Públicos e também o Antônio Ayrton assumiu agora a pasta” disse.

“Eu assumi agora a Secretaria de Meio Ambiente e digo a vocês que existem vários problemas para resolver. Eu assumo que não sabia que estava tão grave assim.  Esse problema é gravíssimo e requer tempo, mas já estamos averiguando várias empresas competentes, juntamente com os valores das mantas e o novo local para ser transferido. Estamos com o compromisso de tentar resolver e digo logo a vocês que só um metro quadrado da manta custa R$ 1.090” disse Maria Santana.

Maria também afirmou que o gestor da Prefeitura Municipal de Picos, participou de reunião com o chefe da Secretaria Estadual de Saúde, uma vez que o problema é caso de Saúde Pública, afim de averiguar a viabilidade da aquisição de materiais para a construção do novo aterro.

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“O prefeito foi até Teresina ao encontro do secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, afim de procurar quais caminhos vão tomar para resolver o problema e a viabilidade da aquisição das mantas” ressaltou.

“Já procuramos o Ministério Público e a promotora Romana Vieira disse que vai ficar nos acompanhando” acrescentou.

“Nós vamos tentar resolver, sem falsas promessas e desde já digo que o problema é sério e não dá pra fazer a curto prazo, pois requer uma série de etapas como licitação, aprovação e isso é burocrático. No espaço de um mês é impossível que seja totalmente resolvido porque há uma série de fatores dependiosos, mas estamos com o compromisso de tentar resolver” falou Maria.

Centenas de pessoas participaram da reunião onde vários moradores fizeram questionamentos e apontaram falhas de execução da obra no aterro. Na ocasião muitos moradores se mostraram revoltados com o descaso da administração desde tempos de outrora quando reivindicaram melhorias e não foram atendidos.

O morador e membro da Associação, Neto Araújo, afirmou que várias vezes procurou a Secretaria de Meio Ambiente em épocas de outras gestões da pasta, mas que em meio às inúmeras reivindicações e pouco foi atendido.

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“Diversas vezes nós procuramos a secretaria desde quando trouxeram o lixão pra cá, mas pouco fomos atendidos e, das poucas vezes que fomos, só ouvimos promessas e nada foi feito” declarou Neto.

Neto apontou outro problema na atual gestão em relação às mudanças ocorridas frequentemente nas pastas.

“Essas secretarias todo dia muda de secretário e aí fica a bola de neve de um para o outro. Hoje assume um secretário, amanhã assume outro e ninguém consegue resolver o problema. Fica só bolando de um para o outro” apontou.

“Estamos cansados de promessas. Nós queremos a solução. Não dá pra acreditar mais em promessas. Já teve vezes de não atenderem ligações e quando sabiam que era a gente, desligavam o telefone” desabafou o morador.

O secretário de Serviços Públicos, Antônio Ayrton, no uso da palavra esclareceu alguns fatores sobre os próximos passos e medidas a serem tomadas.

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“A comissão que será feita hoje juntamente com os fiscais ambientais estará quinta-feira com os geólogos para visitarmos o local e ver quais medidas a serem tomadas. O serviço também vai depender da empresa” explicou Antônio Ayrton.

Indagados sobre o prazo de duração da obra, os membros das secretarias presentes na reunião, explicaram que é um serviço que depende de várias questões burocráticas.

“Uma das nossas preocupações é saber se a empresa vai querer assumir o compromisso de realizar a obra, esse é o primeiro passo. Outro fator é o lançamento do edital, pois não adianta qualquer empresa assumir e ficar um serviço a desejar. Por isso temos que averiguar qual a melhor solução juntamente com a comissão” esclareceu a secretária de Meio Ambiente.

Questionado, o Diretor Financeiro, Armínio, falou sobre a distância correta da área de um aterro em relação a transferência para a nova área a ser construída.

“A distância de uma área para outra é de 4,8 km, pois a área é bastante ampla e maior. Fizemos uma visita e o terreno é bastante arenoso, propício para ser trabalhado e melhor do que o atual” respondeu Armínio.

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“Estamos aguardando. Foi marcado uma visita para quinta-feira. Os engenheiros e geólogos estarão aqui na quinta, onde vão averiguar o terreno e explicar quais os impactos que um lixão e aterro causam ao meio ambiente. Estamos sim querendo resolver o problema, porém, é um processo que não leva apenas dias devido à gravidade que está avançada decorrente do tempo que faz mais de cinco anos. É preciso que a comissão formada aqui esteja firme na fiscalização da obra” frisou Armínio.

Quanto a fiscalização e regulamentação da coleta e despejo de lixo na área destinada, Armínio disse que é necessário fazer um levantamento de garis e veículos coletores credenciados.

“Vamos implantar um sistema de cadastramento, acompanhamento e fiscalização voltado para as pessoas e veículos que podem realmente adentrar na área do aterro e é por isso que estamos aqui hoje ouvindo vocês moradores. Sabemos do sofrimento que estão passando com odor e, principalmente, com as queimadas” pontuou.

Entre outros questionamentos foi apresentado como hipótese, a retirada monetária de uma pasta para reparo de outra. De acordo com Maria Santana, a Lei de Transparência não permite esse tipo de medida.

“Nenhuma secretaria pode fazer repasses financeiros para outra. Mesmo que haja sobra, a lei não permite. Por exemplo: A Secretaria de Cultura não pode receber dinheiro de nenhuma outra e assim sucessivamente, exceto a de Saúde porque essa questão envolve Saúde Pública, mas devido a situação financeira que o município passa, não podemos afirmar com exatidão” explicou.

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Armínio ressaltou que haverá apoio do poder público municipal juntamente como o proprietário do terreno e o trabalho das secretarias envolvidas.

“Tem tudo pra dá certo. O empresário que está doando o terreno apoia a causa. Vamos recebe-los quinta-feira e a partir disso vamos começar fazer o que for indicado. Por isso não podemos estabelecer um prazo” lembrou.

Ao término do encontro, foi formada uma comissão fiscalizadora por parte da comunidade Val Paraíso tendo como finalidade o acompanhamento e fiscalização de todo o processo de beneficiamento para com a construção do novo aterro e retirada do lixão atual. A comissão é composta por: Neto Araújo, Mauro Sérgio, Rosilene Moura, Daniela e Petrônio.

A nova comissão participará de uma reunião, cuja a data está marcada para esta quinta-feira, 08, com a presença de um engenheiro ambiental. A reunião entre as autoridades visa a discussão e medidas a serem adotadas com relação à construção da nova estrutura.

_Veja Fotos:

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