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Maternidade toma ações emergenciais após nove casos suspeitos de infecção e três mortes no PI

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Um dia após o Conselho Regional de Medicina decretar indicativo de interdição ética, a direção da Maternidade Evangelina Rosa afirmou que está tomando medidas emergenciais para investigar os casos suspeitos de infecção hospitalar. Três casos de mortes de mulheres por infecção foram confirmados pela promotoria até agora em junho.

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (19), o diretor da maternidade, Francisco Macedo, afirmou que estão sendo investigados nove casos suspeitos de infecção, dos quais, em seis há resultado negativo em exame de cultura. Outras três seriam pacientes que vieram de outras unidades hospitalares.

“Não estamos só estudando as pacientes que vieram a óbito, mas todas as pacientes que foram apresentadas com infecção hospitalar. Estamos esperando os resultados para que a gente possa mostrar que a maternidade não está com esse índice de infecção divulgado. Existem indícios fortes que nós temos recebido de que as infecções não são inerentes à maternidade e que algumas estão vindo de fora. Em breve, estaremos recebendo um laudo pericial técnico, para que tenhamos uma resposta 100% positiva”, disse o diretor.

Francisco Macedo, diretor da maternidade Evangelina Rosa, e Alderico Tavares, superintendente de saúde em entrevista coletiva de imprensa (Foto: Roberto Araujo/G1)

Francisco Macedo, diretor da maternidade Evangelina Rosa, e Alderico Tavares, superintendente de saúde em entrevista coletiva de imprensa (Foto: Roberto Araujo/G1)

O superintendente estadual de saúde, Alderico Tavares, anunciou ações imediatas, a médio e longo prazo em reparos às solicitações do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina. Um valor de R$ 500 mil oriundo do tesouro estadual deve possibilitar as operações.

“Vai ser instituído ações imediatas, a médio e longo prazo. As ações imediatas são algumas deficiências de insumos que possam vir a existir. A longo prazo, faremos um processo licitatório de todos os insumos e medicamentos para que não ocorra nenhuma deficiência, ter reparos estruturais nas áreas críticas e compra de equipamentos para reforçar segurança do paciente e da equipe médica e de enfermagem”, pontuou o superintendente.

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Alderico Tavares disse, ainda, que um laboratório terceirizado vai auxiliar nos exames de investigação dos supostos casos de infecção a partir desta sexta-feira (22).

Sobre a denúncia do Tribunal de Contas do Estado, que determinou a demissão de terceirizados do hospital, o diretor afirmou que não foi notificado da decisão. Disse que 27 profissionais terceirizados auxiliam nos serviços de limpeza e que são importantes para o hospital. “Sem alguns funcionários haverá um prejuízo no funcionamento da casa”, disse Francisco Macedo.

Médicos em indicativo de interdição médica

O Conselho Regional de Medicina (CRM) aprovou na noite desta segunda-feira (18), por unanimidade, o indicativo de interdição médica na Maternidade Evangelina Rosa. Dessa forma, a direção da unidade e a Secretaria de Saúde têm um mês para tomar providências a respeito das denúncias da categoria.

Os médicos pedem melhorias no laboratório, regularização de medicamentos e insumos em falta, e regularização da parte estrutural da unidade, em especial, centros cirúrgicos e UTIs. De acordo com a presidente do Conselho Regional de Medicina, Miriam Parente, uma vistoria juntamente com o Ministério Público será realizada no dia 18 de julho, e definirá se haverá ou não interdição.

Miriam Parente, presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (Foto: Roberto Araujo/G1)

Miriam Parente, presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (Foto: Roberto Araujo/G1)

“Trinta dias a gente considera que é pouco tempo para se melhorar uma estrutura, porque foram muitos os pontos que a gente pediu, mas como eram áreas restritas, centros cirúrgicos e UTIs, acreditamos que consigam de fato fazer os reparos necessários”, disse.

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Uma comissão formada por representantes do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), CRM, Secretário de Saúde e da Maternidade fará monitoramento das mudanças.

Fonte: G1

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