Bocaina
Prejuízos causados por incêndio em Bocaina ultrapassam R$ 40 mil reais; fotos e vídeos
Vários são os questionamentos sobre o que causou tamanha destruição gerada pelo incêndio que atingiu diversas propriedades rurais no território da cidade de Bocaina, localizada a 332 quilômetros de Teresina.
O prejuízo atingiu agricultores, criadores de gado, donos de chácaras e outras propriedades rurais, além de causar danos diretamente ao meio ambiente.
Durante vistoria em algumas partes da vegetação que sofreu com o incêndio, foram constatados diversos objetos como garrafas, sacolas plásticas, vasilhames de óleos lubrificante, latas de cerveja, dentre outros vestígios que foram jogados como despejo de lixo e é possível perceber em várias partes o acúmulo destes.
Relatos de agricultores dão conta que as chamas se espalharam rapidamente e atingiram uma distância de mais seis quilômetros. Malhada, Riacho, Lajeirinho, Formosa, entre outras localidades foram alvos da voracidade das chamas.
Mais de 200 hectares sofreram com fogo que deixou verdadeiro cenário de destruição.
O proprietário de uma roça atingida pelo fogo, o médico veterinário Dr. Jonnes Barros, relatou que para recompor a cerca e o arame o custo é em média de R$ 5 a 6 mil reais.
Propriedade de Jonnes atingida pelas chamas
Ao lado, uma propriedade vizinha, a de Zilda Mendes, que tem plantações de coqueiros e pastagem para rebanhos de animais. Ela estima que o prejuízo geral levando em consideração, pasto, pés de coco, cercas com estacas de madeira e arame, chega ao total de R$ 30.000, 00 (trinta mil reais).
Na área de capim que serve como pasto para animais, abrange entre 30 e 35 tarefas de terra. Referente a pastagem o valor estimado é de R$ 8.000, 00 (oito mil reais).
“Infelizmente queimou toda a pastagem. É um prejuízo incalculável principalmente no momento que a gente está passando por uma crise que é no Brasil inteiro”, lamentou.
No momento em que o fogo tomou de conta do capim na propriedade de Zilda, cerca de 25 cabeças de gado estavam dentro de um curral e conseguiram ser salvas a tempo. Toda estrutura foi construída com madeira de carnaúba e parte dele consumida pelas chamas. O custo total para recuperar custa em média R$ 7.000,00 (sete mil reais).
Parte da estrutura do curral que sobrou
Fogo consome maior área do curral e deixa rastro de destruição
Entre 30 e 40 pés de coco foram atingidos pelo fogo. A produtora Zilda explica que os coqueiros demoram 04 anos para produzir os primeiros frutos.
“O pé de coco não tem galho. A vida dele é o olho. Quando queima o olho ele não brota mais”, explicou. “Ver os pés de coco assim é de cortar o coração porque a gente leva anos cuidando. Tem que aguar, limpar, adubar”, acrescentou.
“Tinha muitos homens mas mesmo assim não conseguiram controlar por total o fogo. O estrago foi grande. Muita gente ficou sem madeira, pastagem”, completou.
Zilda relatou que mesmo ainda durante o incêndio em sua propriedade chegou a notícia de que no povoado Malhada distante aproximadamente 04 km, o incêndio já estava acometendo propriedades e ameaçando residências.
Combate ao fogo
No combate ao incêndio na propriedade, foram utilizados sistemas de irrigação sendo 73 barras de cano de 75mm com mais 57 barras de cano de 50mm.
“Muita gente que estava passando na pista na hora parou para ajudar. Era gente na boca do cano, com balde! Tinha umas cinco bombas, aquelas de usar nas costas”, contou. “Teve um rapaz que passou mal e desmaiou de tanta fumaça, o dono do gado, também porque ele chegou aqui e não tinha almoçado ainda”, destacou.
Para o caseiro de Dona Zilda o trabalhador e cuidador, Vitor, o maior prejuízo gerado por conta do fogo foi ter atingido a cerca. Recentemente, há uma semana atrás foram instalados 80 mourões em toda extensão do cercado. “Há 30 dias vi um fogo e aí tivemos que abrir variante. Daí conseguimos controlar o fogo. Só que nesse a gente quase morre queimado. Teve uma língua de fogo que subiu 10 metros de altura. É uma coisa inexplicável”, comentou.
“A sorte é que eu mandei reformar a cerca com madeira nova. Se fosse madeira velha o prejuízo tinha sido maior”, completou Zilda no momento em que o caseiro falou sobre a reforma da cerca.
Vitor explicou que há perigo após o próximo inverno por conta da ramagem. “Nessa parte que queimou quando for no ano que vem vai sair bamburral e aquela gitirana vão enrolar nos galhos. Daí quando chegar o verão vai ficar só aquela “pólvora”, disse referindo-se a pastagem que se torna propícia para queimadas por conta dos ramos secos que se embrenham na parte alta das árvores.
“Quando o fogo é nas folhas secas que ficam por baixo é fácil controlar, mas quando vai por cima[…]”, apontou.
As chamas atingiram diversas propriedades rurais situadas por diferentes partes na zona rural de Bocaina. Duas áreas na localidade Lajeirinho e uma na Formosa de propriedade do médico Gilberto Barros foram atingidas. Ele relatou que 15 tarefas de pastagens foram dizimadas pelas chamas.
“O prejuízo é em torno de R$ 8.000,00 (oito mil reais)”, afirmou.
Um roça no povoado Malhada que foi menos atingida teve 15 mourões e 13 estacas danificadas pelo fogo.
Veja vídeos e relembre
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Veja fotos da vegetação, roças e pastagens consumidas pelo fogo
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