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CREA-PI diz que fiscalização poderia ter evitado rompimento da BR-343

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Uma comissão do Conselho regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (CREA-PI) visitou na manhã desta terça-feira (3) as obras de recuperação do trecho da BR-343 que cedeu na última sexta-feira (30). Segundo o engenheiro agrônomo Ulisses de Oliveira Filho, presidente do CREA-PI, uma fiscalização periódica poderia ter evitado o problema, já que seria identificada a necessidade de aumentar a vazão de água.

Ele disse que, ao longo dos anos, as áreas próximas à estrada começaram a ser desmatadas e isso contribuiu pra a infiltração, que aumentou o volume e a velocidade da água. O rompimento causou prejuízo a dezenas de famílias, que tiveram suas casas invadidas pela água.

Presidente do CREA-PI destacou possíveis causas do surgimento da cratera na BR-343 (Foto: Junior Feitosa/G1)

Presidente do CREA-PI destacou possíveis causas do surgimento da cratera na BR-343 (Foto: Junior Feitosa/G1)

“Vários fatores contribuíram para o acúmulo de água. Essa rodovia é antiga e a passagem de água tinha uma dimensão pequena para a vazão. Na época não previram todo esse processo de expansão da cidade e o aumento no volume da água. A solução para esse local passa pelo estudo da bacia como um todo para controlar o volume da água que atravessa esse trecho”, explicou.

Para o presidente do CREA-PI, se houvesse uma fiscalização sistemática nessas áreas, desastres como esse poderiam ter sido evitados.

Manilhas que formavam o bueiro embaixo da BR-343 ficaram espalhadas ao longo do córrego (Foto: Junior Feitosa/G1)

Manilhas que formavam o bueiro embaixo da BR-343 ficaram espalhadas ao longo do córrego (Foto: Junior Feitosa/G1)

Ele destacou que o tamanho das manilhas de concreto que estavam dispostas abaixo da rodovia não foi suficiente para dar a passagem devida ao volume de água e, com isso, a estrutura foi danificada. No local, é possível ver as manilhas que formavam o bueiro espalhadas ao longo do córrego.

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O superintendente do Departamento nacional de infraestrutura e transportes (DNIT) , José Ribamar Bastos, negou que tenha acontecido a falta de um planejamento para reparos no trecho que desabou.

“O que ocorre é que quando é feito um projeto ele tem um tempo de recorrência de 20, 30, até 50 anos. É previsto o avanço da cidade e o aumento de volume de água naquele ponto. Só que temos dois pontos que convergiram para o rompimento: primeiro a urbanização acelerada da área e essas águas antes que ficavam retidas nas lagoas escoam pela superfície. Somado a isso temos aquela chuva de 150 mm em 12 horas, um fato imprevísivel”, comentou.

Ribamar Bastos relatou ainda que a solução definitiva para a rodovia está na duplicação do trecho da BR-343. “Estamos botando um bueiro com uma vazão seis vezes maior do que a que existia lá, provisoriamente, porque está contemplada a duplicação desse trecho da rodovia, que já se encontra em licitação”, afirmou o superintendente acrescentando que as obras provisórias devem ser realizadas em até 15 dias.

Fonte: G1

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