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Gravidez na adolescência: os riscos e mudanças que a mulher-menina sofre

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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, lança nesta segunda-feira (03) a campanha de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que visa na abstinência sexual dos adolescentes o escape para uma gravidez em idade tão prematura.

Em Picos, terá início também, nesta semana, o mês de prevenção à gravidez na adolescência, com ações que serão desenvolvidas em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, quer sejam na zona rural quanto urbana.

De acordo com a Associação Médica Brasileira, “anualmente, cerca de 18% dos brasileiros nascidos são filhos de mães adolescentes. Em números absolutos isso representa 400 mil casos por ano. No mundo, por ano, são aproximadamente 16 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos; e 2 milhões de adolescentes menores de 15 anos. Globalmente o risco de morte materna se duplica entre mães com menos de 15 anos em países de baixa e média renda. Os dados são do relatório publicado em 2018 pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA)”. A OMS revela ainda que a taxa de gravidez na adolescência, no Brasil, está na casa dos 68,4%.

De acordo com a fisioterapeuta pós-graduada em Saúde da Mulher, Elívia Teles, uma gravidez na adolescência por ocasionar muitos riscos, tanto para o bebê quanto para a mãe dessa criança, que ainda não possui a estrutura necessária para gerar um ser em seu ventre.

Elívia Teles, fisioterapeuta obstétrica

“Quando a adolescente engravida, há muitos problemas físicos que podem ser causados nela. Ela pode ter um parto prematuro, pode ter risco de aborto espontâneo. Isso tudo porque o corpo dela não vai estar preparado 100% para uma gravidez, pois isso vai de questões hormonais à parte estrutural física da criança/adolescente. Outra coisa que acaba influenciando de forma negativa é a parte psicológica dessa menina, pelo fato dela não ter um pensamento já formado a respeito da gestação. É tudo novidade para ela”, disse a fisioterapeuta obstétrica.

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Elívia Teles comentou ainda que as maiores incidências em casos de crianças abandonadas e levadas para adoção são geradas por adolescentes que não possuem condições financeiras para se manter com o filho. Ela comenta também que é a causa de muitos abortos na adolescência.

“Às vezes a condição financeira não está favorável e isso pode levar a adolescente a provocar o aborto. E nesse caso, ao provocar, as chances são grandes de que ela venha a morrer durante o aborto. Se conseguir gerar o bebê durante a adolescência, pode acontecer de ter uma depressão pós-parto, pois, quando ela tiver com o bebê e ver a situação em que ela se encontra, muitas vezes rejeitando a criança e dando para adoção. Tanto que, os casos de adoção acontecem justamente quando são mães muito novas, que engravidaram na adolescência”, frisou.

Há um Projeto de Lei nº 512/2011, do Senado, que institui a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada, todo ano, na semana que incluir o dia 1º de fevereiro. O objetivo é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas, as quais ficarão sob a responsabilidade do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil.

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