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Transferência suspeita de R$ 75 milhões leva à prisão de duas pessoas

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Policiais do 6º Distrito Policial e da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática prenderam nesta quarta-feira (14/11) dois homens que tentavam realizar a transferência de R$ 75 milhões, no Banco do Brasil, numa operação considerada suspeita pela instituição financeira. O cheque, que subsidiaria a operação bancária, foi apontado como sendo falso.

Em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte, de Ieldyson Vasconcelos, o delegado Daniel Pires contou que o valor da operação chamou a atenção do banco, pois apesar de se tratar de uma transferência envolvendo pessoas jurídicas, não é todo dia que uma quantia vultuosa é assim movimentada.

Acionado, o delegado foi até a agência, e lá conversando com um dos suspeitos, percebeu várias inconsistências nas informações prestadas.

Primeiro, relata Daniel Pires, os homens informaram que o dinheiro pertencia a um grupo de investidores chineses, interessados em fazer negócio no Piauí. “E ele como possui uma imobiliária, pelo menos uma pessoa jurídica para trabalhar com essa questão de imobiliária, ele iria receber o dinheiro destes chineses para comprar terras aqui no Piauí e no Maranhão”, diz o delegado. Mas depois, a versão foi alterada.

O delegado chama ainda atenção para o fato de que o cheque chegou ao Piauí através de um malote aéreo, para que os suspeitos tentassem aqui no estado realizar a transferência. Caso conseguissem concretizar a operação, receberiam parte do valor como comissão.

“A princípio lá, era que o cheque é falso. Não sabia. Eu fui lá, propor. Seguinte, o que acontece. A empresa do menino falou que ele precisava de uma empresa que tivesse aporte. Eu tenho aporte pra fazer isso”, contou Rogério da Silva, um dos suspeitos envolvidos na operação, ao tentar explicar porque foram conduzidos à delegacia. À TV, ele admite que receberia parte do valor pela transferência, e justifica que imaginava ser uma operação legal.

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Já o segundo suspeito, Paulo Correia Filho, deu mais detalhes sobre a intenção da dupla ao relatar sua versão dos fatos quanto aos motivos da tentativa de transferência. “Por indicação de um amigo, porque eu tinha que fazer um acompanhamento do processo. Porque, como ele disse, a empresa dele tem lastro para receber um valor desse tamanho. Então eu estou esperando informação para gerar contrato, fazer as coisas, à medida que o cheque caísse, fazer a distribuição. Junto comigo tem mais duas pessoas. Essas pessoas dividiriam 10% do valor. Então, ficaria com 2 milhões e meio do cheque, e as outras pessoas ficariam com outros dois. O restante do dinheiro, donde vem, do Branco do Brasil, a origem do dinheiro que vinha pra conta, essas informações viriam, ou eu estou aguardando vir, até porque eles não sabem o que aconteceu, para poder gerar os contratos e as transferências bancárias, pagando imposto, pagando as coisas tudo de forma lícita”.

E justifica porque a operação não foi realizada. “Segundo agora, estão falando que o cheque é falso, que o cheque não tem procedência, não tem origem, porque se eles tivessem passado, o cheque tivesse direitinho, esse dinheiro tivesse baixado por forma de liminar, por forma de qualquer processo judicial limpo, e tivessem liberado o dinheiro de alguém, o processo aconteceria de forma normal”, diz.

Agora, a polícia civil do Piauí vai iniciar uma investigação para saber a origem do cheque e qual a participação dos dois suspeitos presos, que ainda ontem foram encaminhados para a Central de Flagrantes.

 

 

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Fonte: 180 Graus

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