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2014 teve o pior índice de geração de emprego das últimas décadas

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O balanço do mercado de trabalho formal em dezembro do ano passado foi tão ruim que o governo tentou esconder a informação. Na verdade, não foram criados empregos. O que houve no mês passado foi o fechamento de 555,5 mil postos de trabalho. Em todo o ano passado, foram criadas apenas 396,9 mil vagas, muito menos do que nos anos anteriores. É o número mais baixo desde 1999, quando houve fechamentos de postos de trabalho. Com dados tão ruins nas mãos, o governo preferiu destacar outra informação, das vagas criadas nos últimos quatro anos. Considerando todo o primeiro mandato da presidenta Dilma Roussef, foram 5,2 milhões de novos empregos com carteira assinada. Parece muito. Mas é pouco mesmo comparado aos governos anteriores do próprio PT. O primeiro governo Lula teve a geração de 5,76 milhões de empregos. No segundo, que coincidiu com a crise internacional, foram criados 7,6 milhões de vagas.

O discurso oficial do governo dirá que, depois de o desemprego cair para um certo nível, já não existe tanta demanda pela criação de novas vagas. É este o argumento do ministro do Trabalho, Manoel Dias, e é apenas parcialmente verdadeiro. Toda economia, especialmente uma com as características da brasileira, com milhões de jovens entrando no mercado de trabalho a cada ano, precisa da criação de novos postos para manter o desemprego baixo.

A curva do índice de desemprego, em queda constante desde 2003, também já mudou. O de novembro já aponta para cima, e o mesmo se espera para os meses seguintes. A indústria e a construção civil já fecharam vagas no ano passado, e na agricultura, mesmo com o crescimento dez vezes superior ao do PIB, o emprego ficou praticamente estável. O fim da era do pleno emprego está chegando ao fim.

Fonte: IstoÉ

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