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Em protesto, estudantes pressionam expulsão de aluno que tentou feminicídio na Uespi

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Estudantes da Uespi Parnaíba vão às ruas pedir a expulsão de Gleison Rodrigues, suspeito de tentar matar uma colega de turma dentro do campus. O crime aconteceu em 03 de maio, após uma aula do curso de História. A vítima de 19 anos foi esfaqueada nos braços e ficou presa em uma sala com o jovem por vários minutos.

Gleison foi preso em flagrante, confessou o crime e teve a prisão preventiva decretada. Ele e a adolescente eram amigos desde o ano passado e ele chegou a pedi-la em namoro meses antes.

O ATO 

Várias entidades estudantis se reuniram para a campanha, que acontecem 14 de maio. Eles pedem justiça à jovem e vão pressionar a Uespi a expulsar o aluno da instituição. Há dois dias, a universidade anunciou que abriu um processo disciplinar contra Gleison, podendo expulsá-lo do campus após avaliação. Os alunos, porém, querem celeridade no processo, já que o processo pode durar 1 ano.

O grupo planeja um ato pacífico, no qual todos vestidos de preto, vão manifestar nas ruas de Parnaíba, desde a Uespi até à Ufpi, a partir das 17h30.

PRISÃO PREVENTIVA DO SUSPEITO

A Justiça decretou a prisão preventiva de Gleison Rodrigues dos Santos, 22 anos, suspeito de agredir uma colega de turma na Uespi de Parnaíba. O estudante foi autuado por ameaça, sequestro e cárcere privado, além de dano grave e violência contra a mulher.

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O crime aconteceu dentro de uma sala na última sexta-feira (03/05), quando a vítima assistia aula no campus. Ela foi esfaqueada nos braços e conseguiu sobreviver.

ALUNA QUE FOI VÍTIMA RELATA MEDO

Em entrevista ao Oito Meia, a jovem contou os momentos de terror que viveu. Ela também revelou não conseguir dormir à noite e tem medo que ele volte para atacá-la, já que o suspeito sabe onde ela mora.

T.A e Gleison eram colegas de turma e ficaram amigos. Segundo ela, há alguns meses, ele tentou namorá-la. Como os dois não se conheciam tão bem, a mãe negou o relacionamento e os dois continuaram uma amizade. Segundo a família, eles estavam se conhecendo e se encontravam no campus.

Aluna agredida por amigo na Uespi Parnaíba relata momentos de terror: “Me queria só para ele” (Foto: Tacyane Machado/ Extra Parnaíba)

Antes do crime, Gleison não demonstrou ser uma pessoa violenta, mas tinha muito ciúmes da jovem. A vítima contou que ele iria matá-la um dia antes, na quinta-feira (02/05), mas ela tinha faltado.

“Ele me disse que era para ter acontecido na quinta e não na sexta, porque eu faltei. Tinha ido ao cinema com minha tia”, continuou.

Nas palavras dele, a estudante era a única amiga que tinha na universidade. Gleison também não conversava muito com os colegas de turma, não trabalhava e só saía, raramente, com os amigos de igreja. Ao que T.A sabe, o jovem morava com a mãe, o padastro e a irmã. Natural de Luís Correia.

“A gente começou a se conhecer no semestre passado. Estávamos no 3° bloco. Ele me pediu em namoro e vinha na minha casa sem eu autorizar. Minha mãe não conhecia a família dele, então ela não deixou. A gente era amigo, mas vi que ele tinha muito ciúme de mim com meus amigos de sala. Ele só queria que eu conversasse com ele”, revelou. 

  • Noite do crime

A estudante relatou ao OitoMeia que chegou atrasada para os dois horários do curso de história. A aula foi breve e apresentava a disciplina do curso. Ao fim dela, T.A e os amigos desceram para o térreo e ficou esperando entregar um dinheiro de uma blusa que tinha encomendado. Logo depois, foi abordada pelo suspeito.

Na mochila, T.A viu que o amigo tirou uma faca e começou a agredi-la. Para se defender, ela tentou se proteger dos golpes e gritou por socorro, chamando a atenção de outros estudantes que estavam na sala ao lado.

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“Depois do soco, eu perguntei o que estava acontecendo. Ele me derrubou no chão, pegou minha bolsa, meu celular, quebrou ele todo. Derrubou a mesa com violência e jogou na porta, colocou as cadeiras, para que ninguém entrasse. Ele tirou a faca da bolsa e veio para cima de mim, pedi para ele parar, gritei por socorro. Mas, a faca [de cozinha] não estava tão amolada por isso ficou uns arranhões. Ele teve que fazer isso várias vezes, daí o corte mais profundo”, disse. 

 

 

Fonte: Oito Meia


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