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Exames confirmam morte de duas tartarugas com vestígios de óleo no Piauí, diz ITD

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Vários fatores contribuem para as mortes de animais aquáticos no litoral brasileiro. Em média são registrados cerca de 200 mortes durante o ano por causa da pesca predatória, poluição, descarte inadequado dos resíduos, entre outros.

O estado do Piauí se comparado com outros estados do Nordeste pode se considerar o menos afetado desde o aparecimento do óleo no dia 28 de setembro. A partir desse momento, houve uma articulação das instituições como Semar, Capitania dos Portos, Ibama, Icmbio, Prefeituras e Ongs para fazer o monitoramento, limpeza das praias e manejo de fauna que apresentassem resíduos com manchas.

Desde o início das operações já foram retirados 301 quilos de óleo de seis praias afetadas no litoral piauiense.

A bióloga e vice-presidente do Instituto Tartarugas do Delta, Werlanne Magalhães, faz um alerta importante para a população e esclarece que as mortes de animais no litoral não são apenas por causa do óleo que teve aparecimento recente. São por conta de vários fatores.

“É importante saber que todos os anos registramos animais mortos nas praias, uma média de 200 por ano e os principais fatores são: pesca predatória, poluição e descarte inadequado dos resíduos. Esse ano de 2019, surge um novo fator que são as manchas de óleo nas praias, o que sugere um aumento do número de encalhes nas praias. As pessoas erroneamente estão achando que os animais só estão morrendo por causa do óleo e isso preciso ser esclarecido”, disse.

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No Piauí, registramos animais mortos em estado avançado de descomposição, impedindo a realização de necropsia, para justificar a morte. Quando há registros de animais com morte recente, encaminhamos para a necropsia. No tocante às tartarugas, realizamos 03 necropsias, e duas destas, tiveram vestígios de óleo na mucosa intestinal, sugestivo de óleo. Fora esse dados ainda não registramos mais animais”, esclarece a bióloga.

Werlanne destaca que em outros estados, a preocupação é maior devido a temporada reprodutiva, pois os filhotes e fêmeas estão sofrendo com esse vazamento de óleo. No Piauí, a temporada reprodutiva, encerrou em setembro com abertura do ultimo ninho.

“De forma resumida, podemos dizer que no Piauí as instituições estão realizando monitoramento constante nas praias, coordenadas pelo IBAMA e o Instituto Tartarugas do Delta realizando manejo de fauna. Todo o arranjo institucional está preparado para resgate de animais vivos oleados, caso aconteça, e, realizar limpeza de praia, caso ocorra alguma evolução, pois até o momento, toda a situação está estável”, aponta.

No mês de outubro foram registradas mortes de 25 tartarugas sendo que desse total 02 apresentaram vestígios de óleo.

Matéria Relacionada: – Onze tartarugas são encontradas mortas em praias do litoral do Piauí

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Foto capa: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi


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