Connect with us

GERAL

Juri condena réu a 63 anos de prisão em 1º julgamento de feminicídio no Piauí

Publicado

em

Pela primeira vez na história do Piauí, um réu foi condenado através de júri popular pelo crime de feminicídio. O crime passou a constar em março na Lei de Crimes Hediondos. O caso é um dos mais chocantes registrados em 2015. Edemir Francisco da Silva Batista foi condenado a 63 anos e seis meses de cadeia pelo assassinato de uma criança de 3 anos. O crime ocorreu no dia 7 de junho no município de Monsenhor Gil, a 56 km ao sul de Teresina. A menina era sobrinha do agressor.

A criança foi espancada até a morte na presença de suas duas irmãs, uma de 7 e outra de 9 anos, após tentar manter relações sexuais com sua mãe, Naiane Santos de Paiva, e não ser correspondido.

Este foi o primeiro caso de feminicídio no Piauí levado a Júri Popular e a ser julgado no Estado desde a alteração da Lei de Crimes Hediondos, em março deste ano. O julgamento, ocorrido dia 6, foi presidido pelo juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas e a promotora de Justiça Rita de Cássia de Carvalho representou o Ministério Público no caso.

Edemir Francisco foi julgado e condenado por dez crimes, dentre eles, cárceres privados, ameaças, lesões corporais e homicídio triplamente qualificado, resultando em duas penas: uma de 60 anos de reclusão e outras de três anos e seis meses de detenção.

Para o presidente da Associação Piauiense do Ministério Público (APMP), Paulo Rubens Parente Rebouças, o resultado do julgamento é um avanço. “É um grande avanço na luta contra a violência. Este tipo de crime ocorre dentro das residências. A condenação por feminicídio por crime é um marco revelador. A sociedade não admite mais este tipo de postura. É uma revelação de como vai se enfrentar. É o primeiro de muitos casos. Esperamos que outros casos tenham o mesmo desfecho”, afirmou.

Publicidade

O réu foi preso um dia após o crime, mas fugiu da Casa de Custódia em outubro.

 

 

Fonte: Cidade Verde

Publicidade
Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS