GERAL
População reclama da ausência de atendimento nas agências do INSS
Quem precisou de atendimento em uma agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Piauí tem enfrentado problemas, já que a greve dos servidores do órgão completa 17 dias de paralisação nesta quinta-feira (23). Por conta do movimento, algumas pessoas estão retornando para suas casas sem atendimento.
No Piauí., o movimento afeta 32 agências sendo seis em Teresina e 26 nos municípios do interior. O pintor Severino Pereira chegou cedo para fazer uma perícia que estava marcada há um mês, mas não conseguiu ser atendido.
“Estou com mais de mês sem trabalhar e sem receber nada. Isso é muito triste porque preciso resolver isso”, declarou.
Embora, o movimento grevista afirme que o atendimento seja parcial, em muitas agências a população é despachada logo na porta.
A auxiliar administrativa Valdenia Maria Viana reclama da greve porque está caminhando com ajuda de muletas, mas o esforço não foi reconhecido quando chegou no posto do INSS.
“Eles olharam no sistema e disseram que meu nome ainda não está na lista. Estou cansada, tenho fratura de fêmur e não posso ficar muito tempo em pé. Não tem cadeira para nós sentarmos e às vezes nem podemos entrar”, reclamou.
Os servidores do INSS cobram reposição de perdas salariais, incorporação de gratificações, implementação de carreira, política salarial, redução da jornada para 30 horas semanais e realização de concurso público. No Piauí, o sindicato diz que são necessários pelo menos 300 novos servidores para o órgão.
“Reposição salarial, incorporação de gratificações. Elas tiram mais ou menos 15 mil servidores da repartição porque eles serão aposentados, com isso, se cria mais oportunidades para a juventude entrar no serviço público, ou seja, precisa que o INSS faça imediatamente um concurso público para 15 mil pessoas”, afirmou Antônio Machado, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Piauí (Sintsprev-PI).
A gerência do INSS no Piauí afirma que as pessoas que estão sendo mais prejudicadas devem solicitar o pedido de atendimento novamente através do telefone 135. Carlos Augusto Viana, superintendente do INSS, disse que ficou surpreso ao ser informado de que a equipe médica não estava trabalhando. Segundo ele, os médicos peritos deveriam estar aguardando o segurado porque eles não aderiram à greve.
“Quero deixar claro que os peritos médicos não estão de greve e quem solicitou perícia deve procurar uma agência porque os servidores estão atendendo, mas se porventura, o atendimento não for realizado que façam nova solicitação”, esclareceu.
G1
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