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Produção de grãos pode ser afetada com guerra entre Rússia e Ucrânia, diz presidente da Aprosoja

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A produção de grãos no Piauí pode ser afetada com a guerra entre Rússia e Ucrânia, devido a dificuldade de importar produtos necessários para o preparo da terra para o plantio, como os fertilizantes. Atualmente o estado deve bater recorde na produção de soja, mas para 2023 a situação é considerada incerta.

O Brasil possui uma dependência em relação a aquisição externa de fertilizantes, que chega a 85%. Só da Rússia o país importa 25%, principalmente os que são a base de potássio. Na última quarta-feira (16), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, chegou a solicitar ao comitê de segurança alimentar da Organização das Nações Unidas (ONU) que fertilizantes não sejam incluídos na lista de sanções à Rússia.  

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja no Piauí (Aprosoja-PI), Alzir Neto, afirmou ao Jornal do Piauí, que devido as características do solo no estado, existe a necessidade de utilização de fertilizantes, e com o aumento constante nas produções, não existe a possibilidade de diminuir o uso desse material.

“Trata-se de um insumo fundamental, do qual o Piauí não consegue reduzir, muito pelo contrário, a tendência é cada vez aumentar mais. Temos áreas que são poucos constituídas ainda, o Piauí é uma fronteira nova e que tem uma dependência desses fertilizantes para a equalização do fertilizante no solo, então é fundamental, não tem como reduzir. Estamos em momento de discussão até nacional, buscando soluções, para atenuar essas dependências”, afirmou.

Foto: Arquivo/ Revista Cidade Verde

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Produção de soja no Piauí

A atual safra não será prejudicada, mas existe uma preocupação com a de 2023, pois devido às sanções que estão sendo aplicadas a Rússia, os produtores precisam procurar outras fontes. Além do Brasil, outros países enfrentam o mesmo problema, que já aumentou o valor desses fertilizantes, que são comprados em dólar.

“Estamos justamente nesse momento tentando comercializar, mas não está tendo nem a disponibilidade do produto, alguns produtores já fizeram o travamento dessas compras lá atrás, então nos preocupa saber se esses que compraram vão receber e se nós ainda teremos demanda na frente. Os preços praticamente quadruplicaram, então a nossa situação é muito delicada, pois a nossa dependência é muito grande dos fertilizantes externos”, destacou.

Alzir Neto explicou que no momento ainda não é possível saber como a continuidade da guerra pode afetar a produção no estado, mas a tendência até o momento é que seja mantida a mesma área de plantio, sem previsão de aumento na produção.

“Existe a tendência de manter a mesma produção desse ano. É muito cedo para falar o impacto que vai ter na produção, que vai ter impacto no custo isso daí já é certo, não só na questão dos fertilizantes, mas também nos defensivos”, explicou.

Fonte: Cidade Verde

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