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JAICÓS | Após reunião, pipeiros decidem manter paralização e município será abastecido pelo Exército

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Nesta terça-feira (9), proprietários de caminhões pipas contratados para atuarem na “Operação Pipa” no município de Jaicós decidiram paralisar as atividades de distribuição de água.

Os pipeiros alegam que a prestação dos serviços de distribuição de água ficou inviável depois das alterações feitas na planilha, que diminuiu o número de carradas de água, bem como, a diminuição da quilometragem e quantidade de viagens entre o manancial de água cadastrado e ponto de abastecimento, ou seja, a localidade.

Nesta quarta-feira, 10, dois representantes do Exército Brasileiro estiveram na cidade de Jaicós para tratar sobre o caso. Os militares participaram de reuniões com a Comissão Municipal de Defesa Civil de Jaicós e com os pipeiros.

O Sargento Carlos Alberto Nazário da Silva explicou, que os pipeiros foram notificados por interromper o que está previsto contrato, e terão o prazo de até de cinco dias úteis para apresentar a defesa, explicando as motivações para a recusa de realizarem a distribuição de água.

Segundo o representante do Exército, as alterações na quantidade de água e na quilometragem proposta foram definidas em setembro do ano passado, com base em cálculos feitos pelo Exército e apresentados à Defesa Civil. Do outro lado, a Comissão e os pipeiros alegam que nunca foram comunicados sobre as alterações. Ambos  afirmaram que só ficaram sabendo das mudanças na última sexta-feira (4), quando receberam a nova planilha.

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Ainda durante a reunião, todos os oito pipeiros que abastecem a zona rural de Jaicós se negaram a assinar a notificação, e sem acordo, decidiram por manter a paralisação. Com isso, o Exército passará abastecer o munícipio, dentro da nova planilha.

A COMDEC vai encaminhar um ofício ao Exército solicitando que seja feito um novo levantamento de dados no  munícipio, pois considera insuficiente  o abastecimento com a alterações da planilha. A informação é que, com essa redução estabelecida pelo Exército, cerca de 760 famílias da zona rural do município de Jaicós poderá ficar sem água.

A reportagem do portal Cidades Na Net conversou com os pipeiros e os mesmos afirmaram que não irão trabalhar com a nova planilha. “O município tem oito pipeiros que abastecem toda a zona rural de Jaicós. Com a nova planilha, reduz a quantidade de água distribuída, a quilometragem e o valor de cada pipa de água. Ao todo, eram 775 carradas de água, reduziu para 390. São 385 a menos”, disse o pipeiro Fábio José. Segundo ele, em média, cada pipeiro colocava, mensalmente, 96 pipas de água, com a alteração, esse número caiu para uma média de 45. “Já estamos fazendo muito, pois desde de 2012 trabalhamos com o mesmo orçamento, sendo que tudo aumenta o valor a cada ano, mas com essa planilha, não tem como continuar”, pontuou.

Outro pipeiro entrevistado citou que o atual valor pago pela com as alterações e inviável a distribuição de água. “Teve região, como por exemplo, a localidade Umburana, que eles só vão pagar 8 reais por uma pipa de água, enquanto no manancial cadastrado nós pagamos 20 reais pela pipa abastecida. Só aí já são 12 reais de prejuízo, mais o combustível gasto para chegar até essa  localidade. Desse jeito, nós vamos pagar para trabalhar. Não faz sentido, é um prejuízo muito grande”, disse.

O prefeito de Jaicós, Ogilvan Oliveira, o Neném de Edite, presente nas reuniões, falou sobre a situação. “É uma situação bem complexa. A informação é que a nova planilha foi definida em setembro do ano passado, mas só chegou ao conhecimento dos pipeiros na última sexta-feira, quando eles decidiram parar. Diante dessa situação, nós nos reunimos com a COMDEC e pedimos a presença no Exército no município para tentar resolver a situação. Infelizmente não houve acordo e a paralisação ficou mantida. O Exército  vai enviar caminhões pipas  para realizar a distribuição de água, isso dentro da nova planilha, ou seja, ainda assim vai ser insuficiente para suprir as necessidades da população”, disse.

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O prefeito salientou que tanto a COMDEC, como os pipeiros e toda população não estão de acordo com a proposta do Exército, tendo em vista que a redução chega a quase 400 pipas de água. “São 760 famílias prejudicadas. É um prejuízo de grande dimensão para o município. Vamos unir esforços para tentar resolver essa situação para que o município e população, que não tem culpa disso, não saiam prejudicados”, afirmou o prefeito.

   

     

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