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Seca castiga moradores e ameaça abastecimento em Paulistana

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A seca que castiga o sertão do Piauí já se arrasta desde 2011 e ameaça o abastecimento de homens e animais em vários municípios do estado. Desde aquele ano, os períodos chuvosos têm sido bastante fracos e irregulares na região e a maioria dos açudes está com o nível crítico.

Na cidade de Paulistana, a 465 km de Teresina, o açude Ingazeiras está em situação preocupante. Além da própria Paulistana, a barragem também é responsável pelo abastecimento da cidade de Acauã. Com capacidade para 25 milhões de metros cúbicos de água, o açude está atualmente com apenas 3,86 milhões.

Para complicar ainda mais a situação, o Exército decretou que a água da barragem está imprópria para o consumo humano. Com a proibição, os caminhões-pipa estão buscando água em um poço artesiano na cidade de Geminiano. Atualmente, 18 carros-pipa fazem o abastecimento de 364 famílias da zona rural de Paulistana.

Apesar do socorro, o abastecimento dos carros-pipa em algumas comunidades rurais não é feito com regularidade. Na casa da agricultora Mauriza da Paixão o consumo está sendo bastante regrado para que o líquido não falte nos próximos dias. Segundo ela, o carro-pipa só passou uma vez esse ano.

“No dia 17 de outubro foi colocada uma pipa de água aqui e está sendo usada essa água. Tem que economizar para não faltar, porque é melhor economizar do que faltar”, relatou a agricultora.

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Ela e o marido tentaram abrir um poço artesiano para amenizar o problema da carência de água na propriedade onde moram com a filha. Mesmo com 60 metros de profundidade, a água não vingou. Na roça, o milho plantado não cresceu e a situação ficou ainda mais complicada.

Segundo o presidente da Comissão de Defesa Civil do município, Renato Carvalho, a quantidade de carradas de água disponibilizada atualmente em Paulistana é insuficiente para atender a demanda da população da zona rural.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, Hildo Rodrigues, afirma que alguns moradores da zona rural estão há quatro meses sem receber água. “Eu queria entender o que está acontecendo. De quem é a culpa? Porque essa água não está chegando lá?”, questionou.

Procurado pela reportagem, o tenente coronel Frederico, responsável pela Operação Carro-pipa, disse que não há nenhum tipo de relação ou comunicação do Exército com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e sim diretamente com os pipeiros. Ainda conforme ele, já foram feitos testes e fiscalização no poço que fica no município de Geminiano, não sendo constatadas irregularidades na água.

G1

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