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POLÍCIA

MP investiga abuso de autoridade e agressão durante abordagem policial

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O Ministério Público do Piauí (MPE-PI) abriu um inquérito para apurar a postura de três policiais militares durante abordagem no município de Parnaguá, que fica a 823 km ao Sul do estado. Em posse de um vídeo gravado pelas câmeras de monitoramento de um estabelecimento comercial, o advogado da vítima denuncia que os policiais podem ter cometido o crime de tortura e abuso de autoridade.

Segundo o advogado Lourivan de Araújo, o caso aconteceu durante a madrugada do dia 29 de novembro, quando um jovem comerciante de 18 anos dirigia seu carro, foi perseguido e agredido pelos PMs. Lourivan relatou que os policiais estavam em diligência à procura de um suspeito quando confundiram a vítima com o criminoso.

Vítima mostra marcas após as agressões (Foto: Arquivo Pessoal)
Vítima mostra marcas após as
agressões (Foto: Arquivo Pessoal)

“O rapaz não obedeceu a ordem de parada dos militares porque estava escuro. Ele pensou que os homens que estavam em motocicletas eram bandidos, por que gritavam e logo começaram a atirar. Ele, com medo, decidiu fugir, mas foi perseguido pelos militares. Atiraram no carro dele pelo menos três vezes. Foi quando ele parou em frente a uma distribuidora de bebidas e lá foi agredido pelos policiais”, explicou.

As câmeras de monitoramento gravaram toda a ação dos policiais quando davam chutes, socos e pontapés na vítima. Ainda segundo o advogado, o jovem só foi liberado depois que os policiais confirmaram que ele não era quem os PMs procuravam. A vítima registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Corrente e o advogado de defesa acionou o MP para apurar o fato.

“É uma atitude totalmente reprovável e abominável. A cidade ficou sabendo do caso e, claro, ficou em choque por conta do ocorrido. Eu fico indignado como profissional e como cidadão. A polícia tem um papel relevante no serviço à sociedade, por isso, não dá para culpar a instituição como um todo por conta de atitudes de alguns que denigrem a importante função social. Mas vamos atrás para que os envolvidos sofram as sanções previstas”, disse o advogado.

De acordo com Lourivan, os policiais ainda foram na casa do comerciante para pedir desculpas com medo de represálias por conta da ação.

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Procurados pelo G1, a Corregedoria e o Comando Geral da PM informaram que ainda não foram acionados sobre o caso e disseram que tão logo tomarem conhecimento sobre o ocorrido, será aberto um procedimento investigatório e sindicância para apurar a ação dos policiais.

Se confirmado, a Corregedoria disse que os policiais sofrerão as penas dependendo da gravidade do caso, que vão desde uma repreensão até um procedimento disciplinar, que pode causar na demissão do oficial.

A promotora de justiça da comarca de Corrente, Gilvania Alves informou que já está acompanhando o caso e deverá ouvir nesta semana a vítima e testemunhas, além dos policiais.

 

G1

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