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POLÍTICA

Wellington defende receita extra de R$ 1 trilhão para Previdência

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Em entrevista ao site Poder360, de Brasília, o governador Wellington Dias (PT) afirmou que o Brasil já fez várias tentativas de reforma previdenciária e o país deu vários passos como em 1999, no governo do ex-presidente Fernando Herique Cardoso (PSDB), que criou a Previdência Complementar e uma série de regramentos, depois na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e na última tentativa frustrada na administração de Michel Temer (MDB) e, agora, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Dias afirmou que a Previdência não deve ser olhada como a grande salvação do Brasil, indicando que tem um tema que ninguém está tratando que são os juros altos sobre as contas públicas.

“Meu estado, o Piauí, paga 14%, 16% de juros, assim como todos os estados brasileiros, assim as empresas, assim as indústrias, entre as pessoas físicas, existem algumas que pagam quase 400% de juros de cartão de crédito, para citar um exemplo. Eu estou falando isso porque é crime esquecer das contas públicas, da partilha das dívidas públicas, que chegam a um momento perigoso, chegando a 80% do PIB (Produto Interno Bruto)”, disse.

Segundo ele, a dívida pública do Piauí representa 7% do PIB, mas a do Governo Federal representa 80% do PIB e consome algo em torno de R$ 500 bilhões.

“A Previdência da União consome muito? Consome, algo em torno de R$ 100 bilhões de deficit por ano. A dívida dos estados é em torno de R$ 86 bilhões de deficit. O Brasil não pode ficar amarrado como se fosse a bala de prata a reforma da Previdência. Eu defendo, junto com meus colegas governadores, que haja equilíbrio atuarial na Previdência. Quem é trabalhador do setor privado, do setor público, ter a segurança, que sendo aposentado ou pensionista vai receber e quem ainda está aguardando a aposentadoria , a pensão, vai, mais na frente, ter o que receber. O problema de quem é presidente ou governador é o do Brasil. Nós cerca de R$ 200 bilhões de deficit e como é que vamos ter poupança para investimentos, e eu tenho R$ 200 bilhões, eu pego esse dinheiro uso para não atrasar a folha de servidores, de aposentados e pensionistas. Qual é o problema? É que tem que ser tratado de forma correta. O problema que cria uma divergência de alguns governadores de meu campo político e a proposta de reforma que foi para o Congresso é que temos o acumulado do passado, porque ao longo do tempo tivemos esse desequilíbrio e chegamos a esse patamar de quase R$ 200 bilhões , da União e do Estado. Temos que tomar medidas para o futuro porque qualquer medida que eu for tomar aqui, vamos ter um esforço que foi comido pelo que foi feito no passado”, frisou o líder estadual.

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O Chefe do Poder Executivo defende a criação de um Fundo para o Equilíbrio Atuarial porque o problema da Previdência não será resolvido apenas com contribuições patronais e laborais. Para Wellington Dias, a Previdência precisa ter uma receita extra, o que ninguém quer discutir.

Wellington Dias afirmou que há uma montanha de dinheiro não recebível , de tributos e da dívida ativa, no valor 3,7 trilhões, se bem que parte é de papéis podres, mas R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão são recebíveis e para os estados, em torno R$ 300 bilhões a R$ 400 bilhões. Para isso, o Congresso Nacional deve aprovar a securitização da dívida, que está tramitando na Câmara dos Deputados.

Fonte: Meio Norte


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