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Advogado apresenta atestado e adia júri de réu em morte do cabo do Bope
O advogado do réu Igor Andrade Sousa, conhecido como “Igor Gordão”, apresentou atestado no Tribunal do Júri nesta segunda-feira (17), o que cancelou o julgamento que deveria ocorrer nesta manhã. Igor é um dos suspeitos de participação na morte do cabo do Bope, Claudemir de Paula Sousa, em dezembro de 2016. O juiz então decidiu adiar o júri para o dia 28 de junho. A audiência não poderia ocorrer sem a presença da defesa sob risco de ser anulado.
Segundo o promotor João Malato, o advogado Arnaldo Ferreira Silva Júnior apresentou um atestado médico por volta das 23 horas de ontem(16), alegando que não poderia comparecer ao júri por motivo de doença.
“O advogado requereu o adiamento e apresentou um atestado médico. Só achei estranho o horário que ele apresentou, salvo engano, 23h. Infelizmente, não podemos fazer nada. De toda forma, não tem problema. Dia 28 vamos fazer esse júri. As provas são contundentes”, disse o representante do MP.
O Cidadeverde.com apurou que o atestado médico apresentado pelo advogado não teria a Classificação Internacional de Doenças (CID) que indicaria a doença.
Igor Andrade é acusado de homicídio qualificado e quatro crimes conexos: associação criminosa, roubo circunstanciado, porte ilegal de arma de fogo e adulteração de sinal de veículo automotor.
“Se o conselho de sentença acatar a tese de acusação, o juiz deve dosar a pena de 12 a 30 anos, fora os crimes conexos que se somam. O Ministério Público está bastante convicto de que vamos conseguir a condenação do réu e que isso repercuta em relação ao restante”, reitera o representante do MP.
Para evitar um novo adiamento, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Nolleto, designou que os autos sejam remetidos à Defensoria Pública do Estado.
“Não há previsão de doença, ninguém tem comando sobre isso. Agora, determinei que os autos sigam com vistas à Defensoria, para que caso ele não possa comparecer no dia 28, seja enviado um defensor público e a audiência aconteça”, disse o magistrado.
“É frustante. A gente pensou em voltar com o coração um pouco mais aliviado. Aguardamos muito tempo esse julgamento. O adiamento nos pegou de surpresa, mas temos que aguardar esses dez dias. Depois de futucar tanto essa ferida, a gente volta mais triste ainda. A saudade é muito grande. Todo dia a gente pede que seja feita a vontade de Deus”, disse a irmã Carmilene Sousa.
O réu compareceu à audiência acompanhado de parentes, não quis falar com a imprensa, e foi embora de táxi.
RELEMBRE O CASO
Na época, Igor e mais sete foram presos por envolvimento no crime. A maioria responde em liberdade, apenas Thais Monart está presa suspeita de outro crime.
O julgamento de Igor ocorre em separado dos demais porque, entre os réus, foi o único que não recorreu da pronúncia.
As investigações do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) apontaram que o acusado teria fornecido a arma e o carro aos atiradores.
O cabo do Bope foi atingido com tiros pelas costas enquanto saía de uma academia, localizada na avenida principal do bairro Saci, na zona Sul de Teresina, no dia 06 de dezembro de 2016.
Fonte: Cidade Verde
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