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PRF retém 16 ambulâncias; um dos veículos tinha fechadura quebrada e amarrada com arame

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A Polícia Rodoviária Federal intensificou a fiscalização com foco em ambulâncias que circulam pelo Piauí e em apenas dois dias foram 16 veículos retidos por irregularidades. Uma das ambulâncias tinha 150 multas, cujo valor ultrapassa os R$ 11 mil. Outro caso que chamou atenção, por representar risco aos pacientes, foi de um veículo com a fechadura da porta quebrada, amarrada com um arame.

Na quinta-feira (7), a técnica de enfermagem Darcilene dos Santos e Silva, não conseguiu abrir a porta do veículo quando ocorreu uma explosão no radiador. “A gente estava vindo trazer uma paciente para o hospital de Floriano, uma gestante, quando a gente estava a uns 80 km do hospital o radiador explodiu. Aí o motorista correu pra abrir a frente e eu corri pra abrir a porta do fundo, mas não consegui”, contou.

Durante a fiscalização, os agentes rodoviários identificaram ainda que a ambulância de Sebastião Barros, por exemplo, estava com o licenciamento de 2014 e 2015 vencido. Uma ambulância da cidade de Germiniano também ficou apreendida por estar com a documentação sem pagamento e o motorista não possuía curso de condução de veículo de emergência.

De acordo com o inspetor Tony Carlos Cavalcante, há ainda um descaso com a higiene das ambulâncias. Segundo ele, no interior de alguns veículos foram observadas manchas de sangue.

“Uma ambulância que ainda havia manchas de sangue no banco, no piso e com odor forte, vinha transportando seis pessoas de Teresina para o interior, simplesmente dando carona. Uma ambulância que pode ter vírus, bactérias, porque toda ambulância ao transportar acidentado ou uma pessoa enferma , tem que passar por uma desinfecção”, explicou.

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Ainda segundo o inspetor, a estrutura desses tipos de veículo não suportam acidentes e acabam provocando mortes. Os passageiros também ignoram o cinto de segurança.

“Os fabricantes de automóvel não fabricam veículo de ambulância, são veículos que são adaptados, normalmente, com fibra para ser um transporte de doentes. O que ocorre nos acidentes são que essa carroceria não suporta tombamentos, capotagens e colisões com árvore. E o que tem matado as pessoas nos acidentes é que elas não usam cinto. Está havendo um exagero, um descaso no transporte de pessoas de ambulância”, declarou.

De acordo com o tenente Tavares, do Corpo de Bombeiros, duas das vítimas foram arremessadas do veículo, sendo que um dos corpos estava a 20 metros do local do acidente. A terceira vítima foi levada para o Hospital de Demerval Lobão, mas morreu durante o atendimento.

Procurada pela reportagem, o prefeito de Sebastião Barros, Nivaldo Roberto, não quis falar sobre o assunto. A ambulância foi retida por não ter o licenciamento pago.

A prefeitura de Geminiano disse que não sabia da necessidade do curso e que não vai falar sobre o caso. Já a Secretaria Municipal de Saúde de Picos informou que já está apurando o caso e que em seguida medidas serão tomadas para solucionar o problema. A ambulância tinha multas e licenciamento vencido.

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O inspetor da PRF Tony Carlos Cavalcante disse que quando uma ambulância irregular chega à Teresina, se estiver com paciente ela é liberada a ir até o hospital para fazer a entrega do paciente, mas ela deve retornar ao posto da PRF, onde é autuada e recolhida. A liberação só acontece após a regularização das pendências.

G1

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